Polícia

Vereadores e advogado são presos por suspeita de fraudes em licitações

'Operação Munditia' foi deflagrada nesta terça-feira contra suposta estrutura criminosa que tem contratos públicos que somam mais de R$ 200 milhões
Da Redação
16/04/2024 às 10h08

Três vereadores e um advogado estão entre os presos na "Operação Munditia", deflagrada na manhã desta terça-feira (16) pela Polícia Militar e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público, segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Estado.

 

De acordo com a publicação, a operação mira suspeitos de ter ligações com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), para fraudar inúmeras licitações em todo o Estado. Estão sob investigação contratos nas cidades de Guarulhos, São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, Arujá, Santa Isabel, Poá, Jaguariúna, Guarujá, Sorocaba, Buri e Itatiba, entre outras.

 

Foram presos vereadores de Ferraz de Vasconcelos, Santa Isabel e Cubatão, entre os 15 mandados de prisão temporária que são cumpridos nesta manhã.

 

Mandados

 

As equipes da Polícia Militar e do Gaeco também cumprem 42 mandados de busca e apreensão, incluindo prédios públicos, como as prefeituras de Guararema, Poá e Itatiba, além das prefeituras e Câmaras de Vereadores de Ferraz de Vasconcelos, Santa Isabel, Arujá e Cubatão.

 

Também são cumpridos mandados em 21 residências e 10 prédios comerciais. As equipes apreenderam armas, munições, relógios de luxo e dinheiro em espécie.

 

Simulação

 

A investigação apontou que a estrutura criminosa simulava concorrência pública com empresas parceiras ou de um mesmo grupo econômico. Também há indicativos da corrupção sistemática de agentes públicos e políticos e diversos outros delitos – como fraudes documentais e lavagem de dinheiro.

 

As empresas do grupo têm contratos públicos que somam mais de R$ 200 milhões nos últimos anos. Segundo a investigação, a facção Primeiro Comando da Capital tinha influência na escolha dos ganhadores de licitações.

 

Participaram das diligências 20 Promotores de Justiça, 15 servidores e mais de 200 policiais militares, entre operadores de inteligência e de polícia tática.

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