Polícia

Tutora recebe Poodle morto após mandá-lo para o banho

Dono de pet shop teria alegado que foi mordido pelo cão, por isso o jogou ao chão e ele bateu a cabeça
Lázaro Jr.
06/08/2024 às 18h28

A Polícia Civil de Braúna (SP) irá instaurar inquérito para investigar um possível caso de maus-tratos a animal, que resultou na morte de um cão da raça Poodle, no último sábado (3).

 

O pet, que tinha 6 anos e 10 meses, foi levado para tomar banho no pet shop e devolvido pelo responsável pela empresa à tutora, sem vida e com o rosto cheio de sangue. Ele teria alegado que havia sido mordido pelo animal, por isso o jogou ao chão e ele bateu a cabeça.

 

O registro policial foi feito pela tutora do animal, uma comerciante de 38 anos, moradora em Braúna. Ela contou que tinha um pacote com o pet shop, que inclui um banho semanal no Poodle, chamado "Fiuk", e que pesava 1,5 quilo.

 

Ainda de acordo com ela, desde quando o animal de estimação era filhote, o responsável pela empresa de higiene e embelezamento de animais domésticos (banho e tosa) o pegava para o banho. Como de costume, ele teria pego o Poodle na casa dela no sábado, pouco antes das 16h.

 

Desperado

 

Segundo a tutora, cerca de uma hora depois o responsável pelo pet shop apareceu na loja dela desesperado, com a camiseta e as mãos sujas de sangue, dizendo: "O Fiuk nunca foi assim, nunca fez isso", frase que foi repetida várias vezes, de acordo com ela.

 

Diante disso, a tutora passou a ficar desesperada e pediu que ele informasse logo o que havia acontecido. Foi aí que o investigado teria informado: "O Fiuk me mordeu, eu joguei ele e ele bateu a cabeça e está sangrando!".

 

A comerciante disse que determinou ao responsável pelo pet shop que levasse o animal a uma clínica veterinária. Ele concordou, deixou a loja dela e retornou cerca de dez minutos depois, com o Poodle nos braços. O cão estava molhado, enrolado a uma toalha seca e ele informou que o animal teria convulsionado e não havia sobrevido, dizendo em seguida: "você me perdoa!".

 

A comerciante contou à polícia que na manhã seguinte um familiar dela mandou mensagem no celular dizendo ter visto quando o investigado saiu da clínica veterinária carregando um cão ensanguentado.

 

Naquele momento ele não reconheceu Fiuk e, ao perguntar o que havia ocorrido, o dono do pet shop teria dito: "o pessoal deixa cachorro na rua e foi atropelado". Somente depois ele soube que se tratava do Poodle.

 

A tutora apresentou à polícia laudo da clínica veterinária relacionado ao atendimento e fotos do animal já sem vida. "Eu estou tão chocada, tenho um filho de 6 e outro de 9 anos e toda hora tem alguma coisa que lembra o cachorro. Eu quero justiça, para que ele não fazer nunca mais isso com nenhum animal", argumenta.

 

Outro lado

 

A reportagem encaminhou mensagem ao responsável pela clínica para ouvi-lo a respeito do caso e aguarda retorno.

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