Polícia

Suspeito de matar dono de tabacaria no Jussara é preso com revólver

Ele e outro homem foram detidos pela Polícia Militar, após atirarem em outra pessoa na noite de sexta-feira
Lázaro Jr.
25/01/2025 às 09h19

A Polícia Militar de Araçatuba (SP) prendeu na noite de sexta-feira (24), um jovem de 24 anos, que se apresentou como servente, contra o qual havia um mandado de prisão temporária em aberto, pois ele é suspeito de ter matado Matheus Garcias, 24, assassinado na tabacaria que possuía no bairro Jussara, na noite de Natal.

 

Ele foi detido junto com outro jovem de 25 anos, acusados de tentarem matar outro homem de 29 anos, momentos antes. O flagrante desta sexta-feira foi feito por equipe que estava em patrulhamento pela avenida Juscelino Kubitschek. No cruzamento com a rua Rotary Club, os policiais viram a vítima correndo, pedindo ajuda.

 

De acordo com a equipe, a vítima estava nervosa e apontou a moto ocupada pelo servente e pelo jovem de 25 anos, e informou que sem motivo algum, essas duas pessoas teriam feito vários disparos com arma de fogo na direção dela.

 

Arma

 

Segundo o que foi relatado, os investigados passaram a fugir ao perceber a presença da viatura, ingressando na rua Rotary Club, sentido ao bairro Jussara. Teve início o acompanhamento e quando passava pela rua Marco Manfrinati, o garupa dispensou um revólver.

 

A dupla foi alcançada no cruzamento da mesma rua com a Mamoré e o condutor da moto, o jovem de 25 anos, tentou correr, mas foi detido após percorrer cerca de 20 metros. O investigado pelo homicídio no final do ano passado estava na garupa da moto e foi detido imediatamente após a abordagem.

 

Mandado de prisão

 

Ao consultar a documentação dele, os policiais constataram que havia um mandado de prisão temporária em aberto contra ele, relacionado ao inquérito que investiga a morte do dono da tabacaria, expedido 1ª Vara Criminal de Araçatuba. 

 

Segundo a polícia, ele assumiu a propriedade da moto, confirmou que havia dispensado a arma e também confessou ter feito disparos contra o homem que corria pela rua e pediu ajuda aos policiais, afirmando que seria um “desafeto” dele.

 

O jovem que conduzia a moto alegou que apenas estava como piloto para o outro investigado, sem dar outras explicações. Os dois foram encaminhados ao plantão policial, onde a vítima dos disparos de arma de fogo optou por não fazer o reconhecimento deles, sob argumento de que não os conhecia, não possuía desafetos e não sabia porque havia sido alvo dos disparos.

 

Presos

 

Apesar disso, os dois tiveram a prisão em flagrante confirmada pelo delegado que presidiu a ocorrência e permanecerão à disposição da Justiça para serem apresentados em audiência de custódia.

 

Eles devem ser indiciados por tentativa de homicídio, porte ilegal de arma de fogo e também por adulteração de sinal identificador de veículo. Segundo o que foi relatado, a moto utilizada pelos investigados estava com a placa adulterada com fita adesiva preta, para mudar a numeração. 

 

O revólver calibre 38 que havia sido dispensado pelo investigado estava carregado com três cápsulas intactas e três deflagradas e será encaminhado para perícia.

 

Assassinato

 

Conforme já foi divulgado, na noite de Natal Matheus Garcias estava na frente da tabacaria que possuía, na rua Deomar de Carvalho, quando o autor dos disparos chegou em um carro prata com os vidros escuros. Em seguida, ele foi em direção à vítima e passou a atirar.

 

Garcias ainda correu e acessou a rua Vasco da Gama, mas caiu em função dos ferimentos e acabou morrendo no local. Durante a perícia foi recolhido um projétil intacto encontrado na camiseta do jovem, o qual foi encaminhado para perícia. 

 

Ainda na ocasião, a polícia apurou que a vítima teria discutido com o suspeito do crime na noite anterior.

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