Polícia

Suspeito de financiar ataque a bancos em Araçatuba é morto pela polícia de Goiás

Preso em setembro de 2021 ele teria admitido que a logística da invasão teria custado R$ 600 mil; ganhou a liberdade pelo TJ-SP
Lázaro Jr.
06/01/2024 às 11h47
Paulo César Gabrir era suspeito de ter financiado assalto a bancos em Araçatuba (Foto: Reprodução/TV TEM) Paulo César Gabrir era suspeito de ter financiado assalto a bancos em Araçatuba (Foto: Reprodução/TV TEM)

A Polícia Militar de Goiás informou que Paulo César Gabrir, 35 anos, morreu em suposta troca de tiros na tarde de sexta-feira (5), na rodovia GO-219, entre Guapó e Aragoiânia, na região metropolitana de Goiânia.

 

Ele havia sido preso em 7 de setembro de 2021, em Sorocaba (SP), suspeito de ter agido como diretor financeiro da estrutura para o assalto a duas agências bancárias em Araçatuba, em agosto daquele ano.

 

De acordo com o site g1, a polícia de Goiás informou que há três meses a equipe de inteligência do COD (Comando de Operações de Divisa) recebeu informações Gabrir estaria vivendo em Guapó, com uma nova identidade, mas ainda ligado a uma facção criminosa. Ainda de acordo com a polícia, havia informações de que o investigado estaria estudando o território goiano para promover uma grande em Goiás.

 

Segundo o que foi divulgado, Gabrir conduzia um veículo alugado e teria resistido a uma tentativa de abordagem. Teria ocorrido uma troca de tiros e após ser ferido, o investigado foi levado para o hospital municipal de Guapó, mas não resistiu aos ferimentos. Uma pistola que estaria no carro foi apreendida.

 

A reportagem ainda tenta contato com a polícia de Goiás para confirmar as informações.

 

Investigação

 

O assalto a duas agências bancárias de Araçatuba aconteceu entre o final da noite de 29 e início da madrugada de 30 de agosto de 2021. Os autores espalharam explosivos pela região central da cidade e usaram civis como escudo humano quando fugiam da polícia. Três pessoas morreram e outras três ficaram feridas.

 

Dias depois Gabrir foi preso por policiais civis da 1ª Disccpat (Delegacia da Divisão de Investigações Sobre Crimes Contra o Patrimônio), do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), após informação de que mantinha um padrão alto de consumo, ostentava veículos de luxo e poderia estar envolvido com o crime em Araçatuba. 

 

O investigado foi detido em imóvel no Parque São Bento, em Sorocaba, onde havia uma caminhonete VW Amarok, acompanhado de uma comerciante que era foragida devido a processo por tráfico de drogas. Durante a ação, chegou ao local um mecânico que havia saído recentemente de um presídio na região de Araçatuba, conduzindo um veículo BMW.

 

Documentos

 

Na ocasião foram apreendidos documentos que seriam relacionados ao crime organizado, os quais indicam a presença do suspeito em atividades em vários Estados brasileiros. Por fim, a polícia informou que Gabrir teria admitido informalmente, ter financiado a operação e revelado que a logística da invasão teria custado R$ 600 mil.

 

Porém, durante audiência de custódia o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) concedeu a liberdade ao investigado, por considerar que não havia indício que os vinculasse ao caso de Araçatuba.

 

“... não houve apreensão de nenhum instrumento ou produto de crime relacionado ao caso em poder dos autuados (dinheiro, armas, explosivos etc.), com exceção de uma denúncia anônima. Por essa a razão, foi determinado o relaxamento das prisões em flagrante”, informou em nota.

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