Polícia

Poodle é sacrificado e tutora e é presa por maus-tratos

CCZ foi acionado para examinar o animal, que estava com leishmaniose e um dos olhos consumidos por larvas
Lázaro Jr.
28/08/2025 às 17h19
Imagem: Divulgação/Ilustração Imagem: Divulgação/Ilustração

Uma mulher de 45 anos foi presa em flagrante por maus-tratos a animais na tarde de quarta-feira (27), em Araçatuba (SP), pela Guarda Municipal, após ser flagrada de posse de um Poodle em estado de sofrimento. O animal, que estaria com leishmaniose desde 2023, teve que ser sacrificado. 

 

O caso foi apresentado à polícia após o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) ser acionado para examinar um cão em uma residência na rua Miguel Sanches Filho, no bairro Concórdia.

 

Estiveram no local uma funcionária e a médica veterinária do serviço, que teria sido acionado por uma irmã da investigada, que teria informado que o cão estaria com leishmaniose.

 

Sofrimento

 

Segundo o que foi relatado, a equipe foi atendida pela investigada, que se apresentou como tutora do Poodle macho e adulto. Ao examiná-lo, a equipe constatou que ele apresentava sintomas de leishmaniose e estava em sofrimento.

 

Ainda de acordo com o que foi relatado, o animal apresentava uma lesão no olho esquerdo, que havia sido consumido por larvas, sangrava e exalava mau cheiro. 

 

Tratamento

 

Segundo o que foi informado à polícia, a mulher alegou que havia procurado uma clínica veterinária, em 2022, quando o animal foi diagnosticado com leishmaniose.

 

Ela disse que recebia orientação via WhatsApp e exibiu mensagens que seriam trocadas com uma médica veterinária. Porém, as mensagens mais recentes sobre orientações médicas para o animal encontradas são de 2023.

 

A tutora também alegou desconhecer os serviços gratuitos oferecidos pela Clínica Meu Pet, que está em funcionamento desde abril de 2023, e informou não ter procurado nenhum outro profissional, além da veterinária das mensagens.

 

Presa

 

Ela foi apresentada no plantão policial pela Guarda Municipal, junto com o Poodle, que foi recolhido e transportado na mesma viatura. A veterinária informou à polícia que em razão da doença e principalmente das lesões e do estado de sofrimento, o animal seria sacrificado.

 

Equipe do Instituto de Criminalística foi acionada e esteve na delegacia para os exames pertinentes e um laudo foi fornecido pela veterinária. Diante de tudo o que foi apresentado, o delegado que presidiu a ocorrência decidiu pela decretação da prisão em flagrante.

 

Liberdade

 

A mulher passou a noite na cela da CPJ (Central de Polícia Judiciária) e pela manhã foi apresentada na audiência de custódia. Segundo a assessoria de imprensa do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), foi concedida liberdade provisória.

 

Porém, a investigada deverá comparecer em Juízo quando intimada; deverá manter dados de contato e endereço atualizados; e está proibida de ausentar-se da Comarca de residência por mais de 15 dias, sem prévia comunicação. Em caso descumprimento de qualquer das medidas, o benefício poderá ser revogado e ela encaminhada de volta à prisão.

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