A Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça-feira (25), em Birigui (SP), um mandado de prisão preventiva contra mais um empresário investigado no âmbito da “Operação Red Flag”, que apura um suposto esquema milionário de tráfico de drogas transportadas por via aérea.
A operação foi deflagrada em 23 de outubro, em parceria com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público, para o cumprimento de 33 mandados de busca e apreensão, oito mandados de prisão preventiva e um mandado de prisão temporária.
De acordo com o que foi apurado pela reportagem, a prisão desse investigado de 34 anos, que foi capturado nesta terça-feira, foi expedida na semana passada, ou seja, depois da deflagração da operação. Porém, por enquanto não há informações sobre o que teria motivado tal medida.
Investigação
Conforme já divulgado, as investigações da Polícia Federal apontaram que um piloto da região de Araçatuba seria um dos responsáveis pelo transporte de drogas em aeronaves a serviço da suposta organização criminosa interestadual.
As aeronaves utilizadas no transporte das drogas em outros Estados seriam preparadas em oficinas e hangares de Birigui. O grupo teria estrutura dividida em núcleos de logística aérea e terrestre, gerenciamento financeiro e assessoria voltada à ocultação de bens e valores.
As investigações apontaram movimentações financeiras superiores a R$ 160 milhões em contas bancárias de pessoas físicas, empresas vinculadas e terceiros, utilizadas para dissimular a origem e o destino dos recursos ilícitos.
Presos
Durante a operação um piloto foi preso em Araçatuba e um empresário foi preso em Birigui. Ele é sócio proprietário de uma empresa de aviação. O investigado preso nesta terça-feira também teria uma empresa do setor de aviação.
Também durante a operação foram apreendidas 20 aeronaves, 24 veículos, 17 armas e 1.747 munições. Os agentes recolheram ainda 93.000.00 dólares e R$ 12.900,00 em dinheiro, joias, celulares, notebooks, mídias de armazenamento, documentos e peças de veículos e aeronaves.
O caso segue em investigação.