A Polícia Civil de Araçatuba (SP) prendeu nesta quinta-feira (27), em São Paulo, uma mulher de 41 anos, acusada de ser a autora do assassinato do mecânico Daniel Siqueira Magalhães, 36 anos, encontrado já sem vida dentro do carro dele, na noite de 29 de julho de 2024, na estrada vicinal Jocelin Gotardi, também conhecida como estrada do Veleiro.
O corpo dele estava caído dentro de um veículo GM Astra após a própria investigada abordar um guarda municipal e inicialmente alegar que ele teria sido assassinado por dois homens. O veículo da vítima estava estacionado à margem da estrada, no trecho que estava em obras de duplicação, hoje acesso ao residencial Nova Araçatuba.
A reportagem esteve no local e acompanhou de longe, o trabalho da perícia, que constatou ao menos 11 ferimentos por golpe de faca. Equipe da DH/Deic (Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada de Investigações Criminais) chefiada pelo delegado Paulo Natal, que realizou a prisão nesta quinta-feira, também esteve no local do crime e recolheu dois celulares no interior do veículo.
Investigação
A reportagem também presenciou as buscas realizadas nas imediações, na tentativa de localizar a arma utilizada no crime, mas ela não foi encontrada naquela noite. Já era por volta de 1h30 quando o trabalho foi concluído e o carro recolhido por um guincho para ser levado ao pátio.
A reportagem apurou ainda na ocasião, que a polícia já suspeitava do possível envolvimento da investigada no crime. Inicialmente ele havia relatado ao guarda municipal que a socorreu, que ela estava dentro do carro com o namorado e outras duas pessoas desconhecidas, consumindo maconha.
Na primeira versão, ela alegou que essas duas pessoas o teriam matado. Porém, depois contou outra versão, alegando que estava sozinha com o namorado dentro do carro, mas não soube dizer o que havia acontecido. Após ser medicada a namorada da vítima foi apresentada no plantão policial, mas ainda estava sob efeito de medicamentos e apresentou declarações desconexas.
Foragida
Durante as investigações, a polícia apurou que a investigada teria matado o namorado por ciúmes e representou pela decretação da prisão temporária dela, mas o pedido foi indeferido pela Justiça.
Ela teve conhecimento do pedido de prisão temporária, as investigações prosseguiram e ao relatar o inquérito, o delegado representou pela decretação da prisão preventiva. Quando o mandado foi expedido, a investigada não foi localizada e desde então ela passou a ser considerada foragida.
A polícia teve conhecimento de que a acusada havia mudado de Araçatuba e soube que nesse período, ela ingressou com habeas corpus na Justiça, pedindo a revogação da prisão, o que foi negado.
Inteligência
O delegado informa ainda que desde a decretação da prisão, foram realizadas diligências e com o trabalho de inteligência policial, foi apurado que ela estava residindo em São Paulo. Foram realizadas várias campanas e, na madrugada de hoje, foi realizada uma operação que resultou na prisão.
Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça, em cinco bairros na cidade de São Paulo, sendo que a investigada, ao ser localizada, não resistiu.
Participaram da operação três equipes da Deic de Araçatuba, sendo uma da DH, uma da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) e uma da Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes). Os policiais tiveram apoio de quatro equipes da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) da Capital.