Polícia

Polícia Civil prende em Birigui segundo investigado por duplo homicídio em Coroados

Já havia um mandado de prisão preventiva em aberto contra o acusado, que foi flagrado com um revólver
Lázaro Jr.
17/03/2025 às 15h43
Revólver foi apreendido com o capturado nesta segunda-feir (Foto: Divulgação) Revólver foi apreendido com o capturado nesta segunda-feir (Foto: Divulgação)

A Polícia Civil de Coroados (SP), cidade vizinha a Birigui, capturou na manhã desta segunda-feira (17), o segundo investigado por suspeita de participação em um duplo homicídio ocorrido na cidade no final de novembro de 2024.

 

Wellington Vinícius Ferreira de Souza, 28 anos, e Gabriel Victor da Silva Rosa, 24, foram encontrados baleados nos fundos de uma casa na região central da cidade e chegaram a ser levados ao hospital, onde foram constatados os óbitos.

 

Um dos investigados já havia sido capturado pela Polícia Militar, mas este segundo teve o mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça de Birigui e era considerado foragido.

 

Segundo o delegado Nilton Aparecido Marinho, responsável pela investigação, ao ser localizado e detido, ele estava de posse de um revólver. Por isso, além do cumprimento do mandado de prisão, também foi feito o flagrante por posse ilegal de arma de fogo. 

 

Investigação

 

O mandado de prisão preventiva foi expedido em 7 de fevereiro, pela 2ª Vara Criminal de Birigui, e várias diligências foram realizadas tanto pela Polícia Civil quanto pela Polícia Militar na tentativa de capturá-lo.

 

Nesse período, um investigador de Coroados foi informado que o indiciado estaria se relacionando e permanecendo na casa de uma mulher, mas ainda não tinha informações sobre o local onde ela estaria residindo.

 

A equipe de investigação passou a monitorar as redes sociais e outros sistemas disponíveis e conseguiu identificar o possível endereço onde o casal estaria, em Birigui, com base em uma conta de energia elétrica. 

 

Capturado

 

Na manhã desta segunda-feira, policiais civis de Coroados e do 2º Distrito Policial de Birigui, sob a coordenação do delegado, foram até esse endereço, na rua Quinze de Novembro, no Jardim São Paulo, e chamaram pela mulher.

 

Ao atender ela inicialmente negou que o indiciado estivesse na residência, mas autorizou a entrada no imóvel. Em conversa com a ela, a equipe de investigação explicou que tratava-se de um procurado pelo crime de homicídio e a mulher acabou confirmando que o indiciado estava na residência.

 

Ao receber ordem para sair da casa com as mãos para cima, o acusado atendeu e se apresentou no corredor externo do imóvel. Ele revistado, não trazia nada de irregular, mas foi encontrado um revólver calibre 38 carregado com seis munições intactas, escondido debaixo de um travesseiro. A arma será enviada para perícia, que poderá indicar se foi utilizada no duplo assassinato.

 

Crime

 

Conforme já divulgado, na noite de 28 de novembro do ano passado, as vítimas estavam em um imóvel na rua Alcides Berto, região central da cidade, quando foram surpreendidas por dois homens que invadiram o local e atiraram.

 

Equipes da Polícia Militar foram enviadas assim que houve a comunicação do crime e os dois homens foram encontrados já sem vida. Durante as diligências, populares relataram terem visto dois homens entrando na casa e deixando o local logo após os assassinatos. 

 

Ciúmes

 

A investigação chefiada pelo delegado Nilton Aparecido Marinho apontou que o duplo homicídio pode ter sido motivado por ciúmes, já que uma das vítimas teria mexido com a ex-mulher de um dos suspeitos, gerando troca de ameaças. A polícia apurou que essa vítima teria chegado a exibir uma réplica de arma de fogo para um dos suspeitos.

 

Quando chegou à casa onde essa vítima estava naquela noite, um dos autores dos disparos a encontrou com a outra vítima, com a qual também já teria se desentendido anteriormente, por isso a dupla teria atirado nos dois desafetos.

 

Inquérito concluído

 

Durante perícia no local do crime foram recolhidas porções de maconha, pinos plásticos usados para fracionar entorpecentes, que estavam vazios, e um celular, que foi enviado para perícia.

 

A polícia já recebeu os laudos dos exames periciais do local do duplo homicídio e dos exames necroscópicos nos corpos das vítimas e concluiu o inquérito, que foi relatado, junto com os pedidos de prisão preventiva dos dois indiciados.

 

Ao aceitar a denúncia, a Justiça decretou a prisões e os dois devem permanecer presos, aguardando a pronúncia para julgamento pelo Tribunal do Júri.

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