A Polícia Civil de Araçatuba (SP) prendeu um homem acusado de ser o autor do assassinato do mecânico Bruno Mota Pereira, 28 anos, crime ocorrido em 6 de janeiro deste ano, no bairro Rosele. Na ocasião, a vítima foi atingida por três disparos de arma de fogo, um deles no rosto.
O investigado foi preso com um revólver calibre 38 carregado com seis munições, confessou o crime e disse que a arma apreendida é a que ele utilizou no assassinato.
Conforme divulgado, naquela manhã a vítima foi encontrada ferida por disparo de arma de fogo, caída junto com a bicicleta que conduzia pela rua São Sebastião, entre o numeral 1.563 e a Chácara Requena Evento.
Populares relataram terem ouvido ao menos três disparos de arma de fogo e durante a análise inicial do corpo, foi encontrada uma perfuração por projétil, ao lado do nariz do mecânico.
Identificado
Equipe da DH/Deic (Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada de Investigações Criminais) esteve no local para dar início à investigação e instaurou um inquérito. Durante os trabalhos, o acusado, que não teve a identidade divulgada, foi identificado como autor do homicídio.
Ainda de acordo com a polícia, ele era conhecido da vítima, que junto com outras pessoas, estaria espalhando em grupo do WhatsApp que ele teria mostrado o órgão genital para uma mulher do bairro, o que estaria lhe causando problemas.
Preso
A polícia já havia realizado buscas na casa de familiares do investigado, que na ocasião não havia sido encontrado. Porém, na manhã de sexta-feira (13), equipe de investigação chefiada pelo delegado Paulo Natal o encontrou na casa da namorada dele.
Segundo o que foi informado, o investigado estava de posse de um revólver calibre 38 carregado com seis munições intactas e foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
Confessou
Levado ao plantão policial, o acusado foi ouvido na presença de um advogado e confessou a autoria do assassinato, afirmando que utilizou a arma apreendida para a realização do crime.
Ainda de acordo com a polícia, ele disse que matou Pereira porque a propagação das notícias de que ele teria mostrado o órgão genital para uma moradora no bairro fez com que demais moradores, inclusive a vítima, vissem tirar satisfações e até ameaçá-lo.
O investigado afirmou ainda que diante das ameaças passou a andar armado, pois costumava visitar o pai dele, que reside no Rosele. Segundo o acusado, naquela manhã, quando seguia para a casa do pai dele de moto, ele viu o mecânico passando de bicicleta pela rua e foi tirar satisfação.
Tiros
Na versão dele, teve início uma discussão e, acreditando que a vítima fosse atacá-lo, ele sacou o revólver que trazia escondido na mochila e fez os disparos, impossibilitando a defesa. Ao ser atingido, Pereira caiu com a bicicleta e o acusado disse que fugiu e foi para o trabalho.
Com o esclarecimento do crime, o delegado representou pela decretação da prisão temporária do investigado, que permaneceu preso pela posse da arma e passaria por audiência de custódia.