A Polícia Civil de Birigui (SP) ouviu na manhã desta quarta-feira (4), um jovem de 20 anos, apontado como autor de um golpe com um canivete, que resultou na morte de Breno Emanoel Rezende dos Reis, 23.
A vítima morreu no pronto-socorro de Birigui na madrugada de 23 de julho e, a princípio, segundo a polícia, os médicos que prestaram o atendimento acreditaram se tratar de uma overdose. Entretanto, o jovem havia relatado aos familiares que havia sido esfaqueado.
A investigação foi coordenada pelo delegado Eduardo Lima de Paula, que instaurou inquérito. Segundo o que foi apurado, o laudo do exame necroscópico feito no corpo de Reis foi apresentado na delegacia em 17 de agosto e apontou como causa da morte, “hemorragia interna traumática causada por agente pérfuro-cortante”.
Diante disso, o caso passou a ser investigado como homicídio e a equipe de investigação identificou o estudante de 20 anos como suspeito do crime. Também foi identificado um canivete do tipo “butterfly” como a possível arma do crime.
Confessou
Com base no relatório da equipe de investigação, o delegado representou à Justiça por uma ordem de busca e apreensão para a residência do estudante. O mandado judicial foi expedido e cumprido na manhã desta quarta-feira.
Durante as buscas, os policiais encontraram o canivete, que segundo o que foi informado, ainda contém vestígios de sangue na lâmina. Levado à delegacia, o investigado foi ouvido em declarações e confessou ter sido o autor da facada que matou a vítima.
Legítima defesa
De acordo com a polícia, ele alegou ter agido em legítima defesa, desferindo uma única facada em Reis para se defender, por teria sido rendido pela vítima, que teria anunciado um roubo e exibido uma faca.
Após ser ouvido o investigado foi liberado. O inquérito deverá ser concluído e relatado à Justiça para as devidas providências.
Caso
A mãe de Reis procurou o plantão policial no final da madrugada daquele domingo, dizendo que o filho dela havia chegado em casa pedindo socorro, com ferimento a faca na região do abdômen. Ela mesma teria levado o filho ao pronto-socorro municipal, onde ele recebeu dois pontos para suturar o ferimento e foi mantido sob observação médica.
Ainda de acordo com a mãe da vítima, o jovem conversava normalmente durante o atendimento médico. Entretanto, mais tarde ela foi chamada pela médica e informada que o filho havia entrado em óbito em razão de possível parada cardíaca.
A mulher disse à polícia que o filho era usuário de entorpecentes e faria uso diário de cocaína e maconha. Como ele não chegou a comentar sobre a facada que havia levado, a mulher não soube informar onde o filho teria sido ferido e o possível autor.