Polícia

Polícia Civil de Araçatuba realiza buscas em 9 cidades em combate ao ‘gatonet’

Alvo da Operação “A Firma” tem sede em Penápolis e é considerada uma das maiores organizações criminosas que opera no Brasil, voltada ao fornecimento de conteúdo áudio visual ilícito
Da Redação
29/08/2023 às 06h57

A Polícia Civil de Araçatuba (SP) deflagrou na manhã desta terça-feira (29), a Operação A Firma, para cumprimentos a 32 mandados de busca e apreensão em endereços de pessoas investigadas por integrar o que é considerada uma das maiores organizações criminosas de pirataria digital do Brasil, atuando no fornecimento ilegal de sinais de TV por assinatura, o chamado “gatonet”.

 

De acordo com as informações iniciais, essa organização criminosa tem sede em Penápolis e era responsável por manter em funcionamento uma sofisticada rede de fornecimento ilegal de conteúdo áudio visual, com ramificações em alguns Estados brasileiros e dezenas de milhares de pontos de acesso ilegal no Brasil inteiro.

 

Ainda segundo a polícia, o chefe da suposta organização criminosa havia sido preso em novembro de 2020, mas respondia em liberdade por manter “uma gigantesca” central de distribuição de conteúdo áudio visual com violação de direitos autorais. Porém, durante o processo criminal, a suposta organização criminosa continuou atuando e também estaria desenvolvendo a lavagem de dinheiro.

 

Força tarefa

Diante disso, há oito meses foi criada uma Força Tarefa entre a Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) da Polícia Civil de Araçatuba, o Cybergaeco (Núcleo de Investigações de Crimes Cibernéticos) do Ministério Público e a La Alianza, que resultou na operação para o cumprimento dos 32 mandados de busca e apreensão hoje.

 

Segundo o que foi informado, somente na região de Araçatuba a operação teve a participação de 53 policiais civis, sete policiais técnico-científicos e dois peritos/técnicos da Associação La Alianza. Os agentes fizeram buscas em nove cidades de cinco Estados diferentes (São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Bahia).

 

Bloqueio

 

Ainda de acordo com a polícia, devido aos indícios de lavagem de dinheiro, a 2ª Vara Criminal de Penápolis determinou o bloqueio e indisponibilidade de todos os ativos financeiros, incluindo criptoativos, de oito pessoas físicas e cinco empresas constituídas para essa finalidade. 

 

Também houve a determinação de bloqueio de dezenas de domínios e IPs utilizados para a manutenção da rede ilegal de streaming.   

 

Participam da operação duas equipes do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) de São Paulo, quatro equipes da Polícia Civil do Rio de Janeiro, quatro da Polícia Civil de Santa Catarina, duas da Polícia Civil do Rio Grande do Sul e uma equipe da Polícia Civil da Bahia, servindo do apoio de mais quatro peritos/técnicos da Associação La Alianza.

Entre no grupo do Whatsapp
Logo Trio Copyright © 2025 Trio Agência de Notícias. Todos os direitos reservados.