Polícia

Polícia Civil de Araçatuba já havia prendido mais de 60 pessoas até chegar na Operação Último Tango

Investigação teve início em 2022, após apreensão de celular de um “Progresso do PCC”, que foi assassinado em 2022; atualmente há 4 inquéritos que apuram os crimes de tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro
Lázaro Jr.
05/02/2025 às 18h27

A Polícia Civil de Araçatuba (SP) revelou nesta quarta-feira (5), que mais de 60 pessoas já haviam sido presas desde que teve início a investigação que resultou na “Operação Último Tango” , que foi deflagrada entre ontem e hoje, para cumprimento de mandados de busca e de prisão temporária de investigados por tráfico de drogas e organização criminosa.

 

Entre terça e essa quarta-feira, outras 12 pessoas foram presas, sendo cinco durante cumprimento a mandados de prisão temporária e outras sete em flagrante. 

 

Durante entrevista coletiva, os delegados da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) José Abonízio e Juliano Albuquerque Goes, revelaram que essa investigação teve início em 2022, a partir da apreensão do celular de Fernando Pereira Ildefonso, 35 anos, também conhecido como “Messi” ou “Argentino”. Daí a inspiração para o nome da operação.

 

Progresso

 

De acordo com o que foi informado, ele era considerado o “Sintonia Geral do Progresso na área 018” do PCC (Primeiro Comando da Capital), que é a pessoa responsável pelo gerenciamento do tráfico de drogas. “Messi” já vinha sendo investigado por envolvimento com o tráfico de drogas quando foi encontrado morto em agosto de 2022, dias após ter o celular apreendido em cumprimento a mandado de busca e apreensão pela Polícia Civil.

 

O corpo dele foi encontrado com sinais de violência, no aterro de uma represa na estrada municipal da Água Limpa, em uma área que fica a cerca de 400 metros após um canil. Segundo o que foi informado na ocasião, o cadáver estava enrolado em um cobertor e havia um cadarço enrolado ao pescoço.

 

Associação

 

Ainda de acordo com o que foi informado, os investigados na operação teriam se associado para trabalhar em sistema de consórcio para adquirir grandes quantidades entorpecentes, com cada um contribuindo com parte do valor. O entorpecente seria armazenado em locais conhecidos como “casa bomba”, e rapidamente divididos entre eles, para ser distribuído nos pontos de comercialização.

 

Entre os capturados nesta quarta-feira estão dois homens que seriam lideranças do PCC em Araçatuba, que teriam se associado a integrantes da mesma facção em Rinópolis, que fica na região de Presidente Prudente, para o tráfico de drogas.

 

Por isso é que foram cumpridos mandados de busca em cidades nas regiões de Rinópolis e de Tupã, além da região de Araçatuba. “Graças a Deus conseguimos êxito nas duas (operações) e conseguimos cercear a liberdade dos principais líderes, que a gente tinha os mandados de prisão”, informou Abonízio.

 

Armas

 

Ainda de acordo com o que foi informado, um dos alvos da operação desta quarta-feira também é investigado por fornecer armas para serem utilizadas nos homicídios ocorridos recentemente em Araçatuba, relacionados à guerra pelos pontos de tráfico de drogas.

 

O delegado Abonízio explicou que todos os mais de 60 presos desde o início da investigação teriam envolvimento com a organização criminosa então liderada por “Messi” e estão sendo responsabilizados.

 

Ainda de acordo com ele, a principal linha investigativa é ligada ao tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Porém, depois da análise dos equipamentos que foram apreendidos, eles poderão ser responsabilizados em outros crimes, inclusive nos homicídios que ocorreram no bairro São José e em outros bairros de Araçatuba recentemente.

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