Polícia

PM de Araçatuba prende homem condenado a 23 anos de prisão por latrocínio

Crime ocorreu em 2007 em Ilha Solteira e pena termina em 2030; ele cumpria no regime aberto, que foi revogado; é filho de outro conhecido da polícia
Lázaro Jr.
08/07/2024 às 19h03
Foto: Lázaro Jr./Ilustração Foto: Lázaro Jr./Ilustração

A Polícia Militar de Araçatuba (SP) capturou no início da noite de domingo (7), Edgar Aparecido da Silva, 35 anos, condenado a 23 anos e 4 meses de prisão por latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Ele é filho de Edgar dos Santos Silva, 56, o Edgarzinho, bastante conhecido nos meios policiais.

 

No processo da Vara de Execuções Criminais de Araçatuba consta que o crime aconteceu em 26 de abril de 2007, em Ilha Solteira. Como na época os processos eram físicos, a reportagem não conseguiu acesso à denúncia para tomar conhecimento de quem seria a vítima e como o crime teria sido praticado.

 

Consta ainda que o réu foi preso dois dias depois e que a sentença de condenação em primeira instância foi proferida em 28 de novembro do mesmo ano. Após os devidos recursos, a decisão transitou em julgado para o Ministério Público em 1 de agosto de 2012 e para o réu em 29 de abril de 2014.

 

Liberdade

 

Ainda em consulta ao processo consta que, quando Silva cumpria pena na Penitenciária Compacta de Lavínia III, ele teria cometido falta disciplinar grave em março de 2022 e teria regredido ao regime fechado. Mas em março de 2023 foi determinada a avaliação do pedido de livramento condicional e em julho, a realização do exame crimológico para a concessão do benefício.

 

Os laudos e relatórios médicos, sociais e psicológicos foram juntados ao processo em outubro de 2023 e o livramento condicional foi concedido em outubro, mas teria iniciado o cumprimento em 15 de janeiro deste ano de 2024.

 

Alteração

 

O último despacho constante no processo, feito em 6 de abril, refere-se à alteração do prazo para 23 de setembro de 2030, devido à alteração da tabela de feriados. Depois disso, há um despacho feito em 10 de maio, informando que o processo havia sido arquivado provisoriamente, aguardando a captura do réu/condenado.

 

A reportagem manteve contato com uma das advogadas que representam Silva, que confirmou que ele estava em livramento condicional. Segundo os policiais que o apresentaram na delegacia, ele foi encontrado na rua Aparecido Romano, no bairro Jussara. Após o registro da ocorrência de captura de procurado, o réu permaneceu à disposição da Justiça.

 

Edgarzinho

 

Silva é filho de Edgar dos Santos Silva, o Edgarzinho, 56, que foi acusado de participar diretamente do primeiro assalto à transportadora de valores Protege, em 1997, quando foi roubado R$ 1,7 milhão. Edgarzinho também foi acusado de participar indiretamente do segundo assalto à mesma empresa, ocorrido em outubro de 2017. Na ocasião foram incendiados caminhões e usados explosivos para ter acesso aos cofres. Um policial civil foi morto.

 

Ele havia sido preso em flagrante por tráfico de drogas em Birigui, em setembro de 2017, ao ser flagrado Polícia Militar com outros cinco investigados em uma chácara na rodovia Gabriel Melhado (SP-461), em Birigui. Em abril de 2018 todos os seis investigados obtiveram a liberdade provisória por estarem há mais de seis meses na cadeia sem que houvesse uma denúncia formal.

 

Porém, no mês seguinte Edgarzinho foi detido na Bolívia, acusado de negociar armas pesadas para trazer ao Brasil, segundo divulgou a imprensa boliviana na época. Em 2020 ele foi expulso da prisão na Bolívia, junto com outros dois prisioneiros. Na ocasião, a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) informou que ele foi custodiado no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros III, na Capital Paulista.

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