Polícia

PF deflagra operação contra grupo suspeito de movimentar R$ 50 milhões com o tráfico de drogas

Suposto líder do grupo e a esposa dele, que é advogada, estão entre os presos durante cumprimentos de mandados em 13 cidades de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina
Lázaro Jr.
28/11/2023 às 11h22

A Polícia Federal de Jales (SP) deflagrou na manhã desta terça-feira (28) a Operação Torre Eiffel, para cumprimento de 40 mandados de busca e apreensão, onze de prisão preventiva e quatro de prisão temporária expedidos pela Justiça Estadual de Santa Fé do Sul contra acusados de integrar suposta organização criminosa que atua no tráfico de drogas, principalmente cocaína.

 

Segundo o que foi divulgado, as investigações apontam que nos últimos dois anos, o grupo movimentou mais de R$ 50 milhões em transações financeiras, mobiliárias e imobiliárias relacionadas ao tráfico de drogas. 

 

O suposto líder do grupo está entre as pessoas que foram presas nesta terça-feira. Ele e a esposa, que também foi presa, teriam se mudado recentemente para um condomínio de luxo em São José do Rio Preto, onde foram detidos.

 

Ainda de acordo com o que foi divulgado, 200 policiais federais, com o apoio da Polícia Militar, participam da operação para cumprir os mandados em endereços nas cidades paulistas de Jales, Santa Fé do Sul, Votuporanga, São José do Rio Preto, Monte Aprazível, Rio Claro, Piracicaba, Americana, Sumaré, Santa Bárbara D’Oeste e Guarujá, além de Camboriú (SC) e Catuti (MG). 

 

Investigação

 

Segundo o que foi divulgado, as investigações apontaram que o núcleo de distribuição de drogas seria a região de Piracicaba, Americana e Santa Bárbara D’Oeste. O líder do grupo seria dessa região, mas teria mudado a gestão da suposta organização criminosa para Santa Fé do Sul há pelo menos dois anos.

 

Ainda de acordo com o que foi divulgado, após a apreensão de alguns carregamentos de drogas, há alguns meses, ele mudou para o condomínio de luxo em Rio Preto, onde foi preso.

 

Atualmente a base do suposto esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro seria Santa Fé do Sul, onde a Polícia Federal identificou um hotel e um centro de beleza estética que teriam sido adquiridos pelo líder do grupo para a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.

 

Segundo a investigação, a esposa do suposto líder do grupo seria sócia destas empresas, que tinham movimentação financeira atípica e suspeita. Dois homens foram presos na cidade durante a operação. 

 

Mais empresas

 

Em Jales, onde outros dois homens foram presos, a lavagem de dinheiro do grupo seria feita em empresas de mototáxi e em um restaurante. Os integrantes do grupo na cidade também atuariam com agiotagem e compra e venda de imóveis e veículos de luxo. 

 

Já em Votuporanga a PF apreendeu veículos em uma revenda que teria movimentação financeira com outro investigado, que foi preso em Balneário Camboriú. Segundo a polícia, essa pessoa administrava de lá vários pontos de vendas de drogas em Votuporanga.

 

Bens

 

Segundo a investigação, entre as formas de lavar o dinheiro do tráfico de drogas estaria a aquisição de bens móveis, imóveis, entre eles uma cobertura no litoral, jet-skis, lanchas, joias, veículos de luxo e até mesmo o patrocínio de um time de futebol da região de Americana.

 

Por isso, foram apreendidos diversos veículos de luxo, dinheiro, joias, embarcações e a Justiça determinou o bloqueio de contas bancárias e sequestro de imóveis urbanos e rurais relacionadas aos investigados e às empresas identificadas durante as investigações.

 

As investigações terão sequência, inclusive para apurar a atuação da esposa do suposto líder do grupo, que é advogada. Há indícios de que ela estaria utilizando essa prerrogativa para atender aos interesses do marido e da organização criminosa, principalmente relacionados a integrantes do grupo que estão presos.

 

As pessoas que foram capturadas podem responder por tráfico de drogas, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro. Após serem ouvidas elas devem ser conduzidas para unidades prisionais das respectivas regiões e o material apreendido será levado para a sede da PF em Jales, que é responsável pelas investigações.

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