Polícia

Pai de mecânico assassinado fica aliviado com prisão de ex-nora acusada do crime

“É um alívio para a consciência da gente, que sabe que ele não vai voltar mesmo; nunca imaginava que iria acontecer uma coisa dessas”, disse
Lázaro Jr.
27/02/2025 às 11h01
Investigada foi presa em São Paulo, pela Polícia Civil de Araçatuba (Foto: Lázaro Jr./Arquivo) Investigada foi presa em São Paulo, pela Polícia Civil de Araçatuba (Foto: Lázaro Jr./Arquivo)

A prisão da acusada de ter matado o mecânico Daniel Siqueira Magalhães, 36 anos, ocorrida no início da manhã desta quinta-feira (27) pela Polícia Civil de Araçatuba (SP), em São Paulo, trouxe alívio para o pai da vítima. “É um alívio para a consciência da gente, que sabe que ele não vai voltar mesmo; nunca imaginava que iria acontecer uma coisa dessas”, contou à reportagem, logo após ser informado da prisão.

 

O também mecânico Antônio Dias Magalhães, 67, comentou que já estava ficando sem esperanças de que ela fosse encontrada e fez questão de agradecer pelo trabalho realizado pela equipe de investigação coordenada pelo delegado Paulo Natal. “Eu estava desanimado, mas a polícia fez um trabalho muito bem feito”, declarou.

 

Estava feliz

 

Ainda de acordo com o pai de Daniel, o filho dele estava bastante feliz por ter montado uma oficina no fundo de casa e conseguindo atender vários clientes. Ele contou que o mecânico estava namorando a investigada desde dezembro de 2023 e era muito carinhoso com ela, que se demonstrava uma pessoa possessiva.

 

Porém, Daniel sofreu um acidente de trabalho, com uma lesão na mão, e ao buscar atendimento médico, foi orientado a procurar um médico particular, pois havia o risco de ter de amputar um dos dedos se não realizasse o tratamento adequado.

 

Ainda segundo o pai da vítima, Daniel teria pedido à namorada dele que providenciasse esse médico a ele, mas ela teria recusado. Diante disso, ele teria pedido ajuda a uma antiga namorada, que o auxiliou e ele passou pelos procedimentos em um hospital particular de Birigui.

 

Ciúmes

 

Depois desse episódio, a investigada teria passado a demonstrar crises de ciúmes. Apesar de o filho não comentar a respeito desses fatos com o pai, ele teria falado a respeito com os amigos, para os quais revelou que pretendia terminar o relacionamento.

 

No dia em que foi assassinado, o mecânico teria passado pelo retorno médico e ficado feliz em ver que o dedo estava recuperado. “A última coisa que ele me falou foi que queria trabalhar para poder pagar um plano de saúde para ele e para mim”, comenta o pai de Daniel.

 

Ele contou ainda que naquela noite o filho havia chamado a namorada para conversar, já com a intenção de terminar o relacionamento, e acabou não voltando para casa. “Foi isso o que aconteceu, ele saiu com ela para terminar, ela não aceitou e o matou por ciúme”, afirmou.

 

Crime

 

O corpo de Daniel foi encontrado na noite de 29 de julho de 2024, dentro do carro dele, na estrada vicinal Jocelin Gotardi, que estava passando por obras de duplicação na época. Ele foi localizado com pelo menos 11 perfurações por golpes de faca, após a investigada abordar um guarda municipal que passava de moto pelas imediações.

 

Ela tinha as roupas sujas de sangue, também estava com uma toalha suja de sangue e inicialmente alegou que dois homens que estariam com o casal no carro haviam matado o namorado dela. Depois, disse que o casal estava sozinho e não soube informar o motivo da morte.

 

Após concluir a investigação indiciá-la como autora do assassinato, a Justiça decretou a prisão preventiva da investigada, mas ela havia se mudado de Araçatuba e só agora foi localizada, após trabalho de inteligência da Polícia Civil.

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