Polícia

Operação combate organização criminosa envolvida com eletrônicos do Paraguai

Estimativa é de que tenham sido internalizados, irregularmente, cerca de R$ 187 milhões somente nos últimos 3 anos; prejuízo aos cofres público seria de R$ 93,5 milhões
Agência Gov
19/10/2023 às 08h51
Foto: Divulgação/Receita Federal Foto: Divulgação/Receita Federal

Em ação integrada, a Receita Federal e a Polícia Federal deflagram nesta quinta-feira (19), a Operação Grade A, com o objetivo de combater organização criminosa suspeita de realizar operações irregulares de internalização e comercialização de eletrônicos de origem estrangeira provenientes do Paraguai, o que caracterizaria crime de descaminho.

 

A operação teve início com a prisão em flagrante de três integrantes do grupo que atuavam como “freteiros” e transportavam grandes quantidades de mercadorias estrangeiras ocultas em fundos falsos localizados nos veículos, enquanto viajavam em comboio.

 

O esquema delituoso iniciava com a negociação direta entre o vendedor da loja situada no Paraguai e o comprador localizado no Brasil. Após a concretização do negócio, as mercadorias estrangeiras entravam clandestinamente no Brasil e eram encaminhadas aos compradores, utilizando-se de “freteiros” e/ou de caminhoneiros. Em seguida, realizava-se o pagamento das mercadorias e do frete em contas bancárias designadas pela loja do Paraguai.

 

Estimativa é de que tenham sido internalizados, irregularmente, cerca de R$ 187 milhões somente nos últimos três anos, o que resultou em prejuízo da ordem de R$ 93,5 milhões aos cofres públicos, em razão de tributos sobre a importação que deixaram de ser recolhidos, além dos danos causados à indústria e ao comércio nacional.

 

Foram expedidos 69 mandados de prisão preventiva e 101 mandados de busca e apreensão, cuja execução conta com a participação da Receita Federal. Os mandados estão sendo executados em endereços comerciais e residenciais ligados à suposta organização criminosa, nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Sul.



A Justiça Federal decretou o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens vinculados aos suspeitos. Participam da operação, pela Receita Federal, 29 auditores-fiscais, 28 analistas-tributários e 2 servidores administrativos, bem como cerca de 350 Policiais Federais.

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