Polícia

Mulher teve traumatismo craniano em engavetamento na Rondon; homem fraturou a bacia

Condutor do carro que bateu na traseira do veículo em que ela estava confirmou ter ingerido bebida alcoólica, assim como outro motorista envolvido; os dois recusaram o bafômetro e foram liberados
Lázaro Jr.
12/05/2024 às 12h43
Trânsito ficou interditado após engavetamento (Foto: Reprodução) Trânsito ficou interditado após engavetamento (Foto: Reprodução)

Uma mulher de 44 anos foi internada com traumatismo craniano após o carro em que ela estava ter se envolvido no engavetamento com cinco veículos ocorrido na noite de sábado (11), na rodovia Marechal Rondon (SP-300), em Birigui.

 

Segundo a Polícia Militar Rodoviária, o Fiat Uno em que ela estava tem placas de Birigui e era conduzido por um corretor de Imóveis de 45 anos. Ele sofreu fratura na bacia, nas pernas e teve que receber duas injeções de morfina devido às dores. A filha do casal também estava no carro. Ela, que não teve a idade divulgada, sofreu lesão na mão direta.

 

O carro que bateu na traseira do veículo conduzido pela família foi atingido na traseira por um Ford Focus com placas de Araçatuba. Este era conduzido por um motorista de 50 anos, que confessou ter ingerido bebida alcoólica, mas recusou o bafômetro. 

 

Caso

 

Os policiais que apresentaram a ocorrência relataram que chegaram ao quilômetro 521,5 da estrada pouco depois das 20h30, após serem comunicados do engavetamento. Eles encontraram os bombeiros e equipes da concessionária Via Rondon prestando socorro às vítimas. O casal ferido estava preso às ferragens, sendo que a passageira foi levada desacordada para atendimento médico.

 

Ainda de acordo com os policiais, eles notaram que o condutor do Focus que teria causado a colisão apresentava sinais de embriagues. O investigado teria tentado fugir, inclusive tentando acionar o motor do veículo danificado, mas teria sido abordado e impedido por um dos policiais.

 

Um marceneiro de 32 anos, que conduzia uma picape VW Saveiro com placas de Araçatuba bateu em um dos veículos após a primeira colisão. Ele também apresentaria sinais de embriaguez e teria deixado o local a pé, mas foi detido por um dos policiais que percebeu e correu atrás dele por cerca de 300 metros, segundo o que foi relatado.

 

Após a conclusão dos trabalhos pelo local, inclusive da liberação da perícia para a remoção dos veículos, os policiais apresentaram os dois investigados no plantão policial de Birigui, pois eles teriam recusado atendimento médico.

 

Bebeu

 

O motorista apontado como autor do engavetamento contou à polícia que seguia pela via voltando para Araçatuba, quando teria se deparado com "um carro todo apagado na rodovia". Ele alegou que trafegava a cerca de 90 km/h, não teve tempo de frear e acabou batendo na traseira do Fiat Uno, que não lembrava a cor e não sabia dizer se os ocupantes do veículo teriam se ferido.

 

O investigado relatou ainda que retornava da casa de um colega no residencial Portal da Pérola, em Birigui, e que teria estado em uma casa de massagem, onde não teria não teria ingerido bebida alcoólica. Porém, enquanto estava em Araçatuba, por volta das 15h30, teria bebido o conteúdo de "umas três" cervejas de garrafa. Ele confirmou que recusou o teste do bafômetro e negou ter tentado fugir do local. Na versão dele, estaria apenas tentando ver se o carro ainda pegava.

 

Outro investigado

 

Já o marceneiro que conduzia a picape envolvida que bateu em um dos carros alegou que estave em um kartódromo na beira da estrada, depois foi levar uma pessoa em Birigui e voltava para casa sozinho quando aconteceu a colisão.

 

Ele contou que estava sozinho e também seguia pela via a aproximadamente 90 km/h quando percebeu que outros veículos estavam parando. Disse ainda que tentou frear, mas não evitou a colisão com contra um Ford Fiesta preto que estava logo à frente. Ainda de acordo com o investigado, o condutor desse carro estava sozinho e não teria se ferido.

 

O marceneiro alegou que não teria se envolvido no engavetamento, que teria ocorrido mais à frente e não havia sinalização naquele momento. E que teria estacionado para conversar com o condutor do outro veículo quando foi abordado pelos policias que pediram os documentos.

 

Ele disse que recusou o bafômetro pois por volta das 19h havia bebibo um pouco de champanhe no cartódromo e uma cerveja long neck, apesar de não apresentar sinais de embriaguez. Por fim, alegou que seguia para a ambulância para medir a pressão, por estar com tontura, quando foi abordado por policiais que pensaram que ele estaria tentando fugir, o que não teria acontecido, na versão dele.

 

Liberados

 

Consta no registro que os dois investigados foram apresentados no IML (Instituto Médico Legal), mas não há informações sobre o resultado do exame clínico para embriaguez, que foi anexado. Consta apenas que o delegado que presidiu a ocorrência decidiu pela expedição de requisições de exames, juntado dos laudos e pela liberação dos dois investigados após a conclusão do registro.

 

A reportagem ainda não conseguiu informações sobre o estado de saúde do casal que ocupava o Fiat Uno atingido na traseira. O caso foi registrado como lesão corporal na condução de veículo e embriaguez ao volante. Os dois investigados foram autuados por dirigir após ingerir bebida alcoólica.

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