Polícia

Mulher é assassinada e tem corpo dilacerado pelo marido em Tupã

Ela havia procurado a polícia na manhã do mesmo dia para denunciá-lo por cárcere privado; ele foi preso em flagrante
Lázaro Jr.
27/02/2024 às 10h44
Milena foi assassinada horas após denunciar o marido à polícia (Foto: Reprodução) Milena foi assassinada horas após denunciar o marido à polícia (Foto: Reprodução)

A dona de casa Milena Raquel Dantas Bereta Nistarda da Silva, 53 anos, foi assassinada na tarde de segunda-feira (26) em Tupã (SP), município a cerca de 100 quilômetros de Araçatuba. O marido dela, um gerente comercial de 49 anos, foi preso em flagrante acusado da autoria do crime.

 

Segundo a polícia, por volta das 9h30 a mulher esteve na delegacia relatando que conviveu por 29 anos com o marido, com quem teve um filho de 26 anos. Ela já tinha uma filha, hoje com 29 anos, de outro relacionamento.

 

A vítima relatou que há cerca de dois meses os filhos saíram de casa e foram seguir a vida profissional em outras cidades. Desde então, ela teria passado a sofrer violência psicológica e ser submetida a cárcere privado, sendo proibida de sair de casa.

 

Milena contou que cerca de dez anos atrás registrou ocorrência contra o marido, por ter sido agredida. Ela decidiu procurar a polícia novamente na segunda-feira, ao descobrir que ele estava rastreando o celular dela.

 

Assassinada

 

Já no início da tarde, a Polícia Militar foi chamada para atender ocorrência de violência doméstica na residência do casal e constataram que o investigado teria usado a picape Ford Pampa que possui para invadir a garagem da residência, arrombando o portão com o veículo.

 

Os policiais chamaram pelo acusado, que apareceu na janela, disse que não iria sair, mas autorizou a entrada da equipe no imóvel. Com a aproximação dos policiais ele saiu com as mão para cima, dizendo que havia “feito merda” e pedindo para ser morto.

 

Apesar disso, em seguida teria resistido à prisão e teve que ser algemado. O corpo de Milena foi encontrado no chão do quarto, todo dilacerado, segundo os policiais, que preservaram a área e comunicaram a Polícia Civil, que providenciou a perícia.

 

Ao término do trabalho o corpo foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) para exame necroscópico, enquanto o acusado foi preso em flagrante e ficou à disposição da Justiça para ser submetido a audiência de custódia.

 

Ele deve ser indiciado por cárcere privado, perseguição, violência doméstica e feminicídio.

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