Um homem de 31 anos, que disse trabalhar como motorista por aplicativo, foi preso na madrugada desta terça-feira (14), acusado de participar de um crime de extorsão. A vítima é uma mulher 70 anos, que caiu no golpe do falso sequestro.
O acusado foi detido com a ajuda dos filhos da idosa e com ele foram recuperados dinheiro e joias que foram levados da vítima.
Segundo o boletim de ocorrência, a mulher contou que por volta de 1h recebeu uma ligação telefônica de pessoa não identificada, dizendo que estava com os netos dela. O autor passou a fazer ameaças, dizendo que se ela não entregasse o dinheiro e as joias que possuía, mataria os familiares dela “na faca”.
Ainda de acordo com a vítima, seguindo a ordem do criminoso, ela colocou as joias e o dinheiro em uma sacola e a deixou no pé de uma árvore existente na frente da residência dela.
Motorista
A mulher contou à polícia que ao sair para deixar a sacola na calçada, viu um carro preto estacionado próximo ao imóvel. Enquanto a vítima estava ao telefone com o golpista, o marido dela telefonou para os filhos do casal e contou o que estava acontecendo.
Quando os filhos dela chegaram no imóvel, se depararam com esse carro preto deixando o local e passaram a acompanhá-lo. A Polícia Militar foi comunicada, enviou uma equipe que seguiu as coordenadas passadas pelas testemunhas e deteve o investigado.
Com o motorista, os policiais apreenderam pouco mais de R$ 300,00 em dinheiro, duas alianças, dois anéis, um colar e quatro pares de brinco que a idosa havia deixado na sacola. Também havia com ele mais R$ 279,00 em dinheiro e 17 cartões de crédito de bancos diversos.
Segundo a polícia, ao ser ouvido na delegacia, o acusado alegou que teria sido recrutado por desconhecido por meio de um grupo no WhatsApp, do qual faria parte havia cerca de dois meses.
Ele alegou que foi a primeira vez que foi contratado por pessoas desconhecidas que integrariam esse grupo, com a missão de buscar uma encomenda que estaria no pé de uma árvore e aceitou o serviço, mesmo sem saber do que se tratava.
Por fim, alegou que não havia combinado o valor a receber pelo serviço e que somente após pegar a encomenda é que seria informado sobre o local da entrega.
O delegado que presidiu a ocorrência decidiu pela manutenção da prisão do investigado pelo crime de extorsão e após ser ouvido, ele permaneceu à disposição da Justiça. Um inquérito será instaurado e a polícia tentará identificar outros possíveis participantes do golpe.