Uma mulher de 52 anos, que foi atropelada por uma moto no bairro Umuarama, em Araçatuba (SP), na noite do dia 18 de outubro, morreu na Santa Casa na última quinta-feira (23). A reportagem teve conhecimento do óbito no final de semana e só agora conseguiu confirmar.
Imagens de câmeras de monitoramento gravaram o atropelamento, que aconteceu na avenida Umuarama, próximo ao cruzamento com a rua Vicente de Carvalho, pouco depois das 19h.
O autor do atropelamento é um entregador de 51 anos, que também teve ferimentos, foi atendido no local por equipe de resgate do Corpo de Bombeiros, mas recusou ser conduzido ao pronto-socorro municipal.
Não viu
Na ocasião, ele alegou que seguia com a Honda CG 150 Start pela avenida sentido centro e teria sido surpreendido pela vítima, que atravessava a via. A imagem mostra que a mulher já estava chegando na calçada quando foi atingida pela moto.
Com o impacto, ela é lançada no asfalto e o motociclista também cai com o veículo. Ele alegou à polícia que não conseguiu ver a mulher a tempo de evitar o impacto, devido às condições de visibilidade do local.
O entregador fez o teste do bafômetro, que deu negativo para ingestão de álcool. O local onde ocorreu o atropelamento passou por perícia e o caso inicialmente foi registrado como lesão corporal culposa (sem intenção) na condução do veículo.
Morreu
A vítima recebeu o primeiro atendimento pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) no local e, devido à gravidade das lesões sofridas, foi encaminhada ao pronto-socorro da Santa Casa.
Ele permaneceu em tratamento intensivo até a tarde da quinta-feira, quando teve o óbito constatado. O corpo passou por exame necroscópico no IML (Instituto Médico Legal) antes de ser liberado aos familiares e o caso passou a ser investigado como homicídio culposo na direção de veículo.
Condenada
Essa mulher foi condenada em dezembro de 2020 pelo Tribunal do Júri de Araçatuba, a 7 anos de prisão no regime semiaberto, por ter assassinado o companheiro dela a facadas.
O crime ocorreu em abril de 2019, na residência do casal, no bairro Umuarama. O Ministério Público recorreu da sentença, que foi aumentada pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) para 8 anos e 2 meses de prisão.
Segundo a assessoria de imprensa do tribunal, em 16 de maio de 21 ela progrediu para o regime aberto e em 26 de março deste ano, foi concedido indulto, decretando a extinção da punibilidade.