O aposentado Adair Terra da Silva, 81 anos, que foi esfaqueado pelo vizinho na última sexta-feira (13), em Penápolis (SP), não resistiu aos ferimentos e morreu. O boletim de ocorrência comunicando o óbito foi registrado no início da madrugada desta terça-feira (17) por um familiar da vítima, informando que a morte foi em consequência dos ferimentos sofridos.
Conforme publicado, o autor do crime é um jovem de 22 anos, que foi preso em flagrante. A reportagem teve acesso a imagens de câmera de monitoramento que mostram a vítima chegando em casa. O idoso conversa com uma mulher que está sentada no portão e quando está entrando no quintal, o autor surge correndo, vindo de uma casa na frente.
Ele atravessa a rua com a faca na mão e surpreende o aposentado pelas costas. Mesmo ferido o idoso consegue segurar a mão do investigado, que insiste em golpeá-lo, até os dois caírem no chão. Na sequência a mulher que estava sentada vai até os dois e outros populares também entram na casa para conter o jovem.
A vítima se levanta e é possível ver que está com a camisa toda suja de sangue. Quando os policiais militares chegaram ao local, o idoso já havia sido levado para atendimento médico.
Preso
O jovem foi detido e levado para a delegacia, onde alegou que “ouvia vozes de Halloween”. A mãe dele também foi ouvida e disse que o filho seria esquizofrênico, faria uso de medicamentos controlados e teria atacado o aposentado ao entrar em surto.
Ela comentou que o investigado já teria uma rixa com o idoso envolvendo religião e tinha conhecimento de que teria "mexido" com uma moça que trabalhava na casa da vítima.
Preso
A ocorrência foi presidida pelo delegado Eugênio Pedro Bibiano Timóteo dos Santos, que decidiu pela prisão em flagrante do investigado, por considerar que não havia condições de mantê-lo em liberdade.
De acordo com ele, foi feita a sugestão para que o jovem fosse internado em um hospital psiquiátrico ou que tivesse a prisão preventiva decretada, o que foi acatado pela Justiça. Assim, o investigado permanece à disposição da Justiça.
O corpo de Silva seria encaminhado para exame necroscópico no IML (Instituto Médico Legal) de Araçatuba antes de ser liberado para velório e enterro. Com a morte, o caso passa a ser investigado como homicídio.