Polícia

Morador em edifício de alto padrão de Araçatuba é investigado por realizar rifas na internet

Polícia Civil apreendeu com ele várias cédulas de R$ 100,00 e R$ 200,00 cenográficas, que seriam utilizadas para atrair apostadores para os sorteios
Lázaro Jr.
14/05/2024 às 10h12

A Polícia Civil apreendeu em um apartamento de alto padrão em Araçatuba (SP), várias notas de dinheiro cenográfico que seriam utilizadas em vídeos promocionais nas redes sociais para divulgação de rifas irregulares. O material estava com um jovem de 26 anos, que é investigado por promover jogo de azar nas redes sociais e pela internet.

 

Segundo o que foi apurado pela reportagem, o caso passou investigado pela DIG/Deic (Delegacia de Investigações Gerais da Divisão Especializada de Investigações Criminais), após denúncia da realização de sorteios de rifas de diversos prêmios pela rede social do investigado, que tem mais de 1 milhão de seguidores no Instagram.

 

Seriam oferecidos prêmios de alto valor, como carros e motos, a valores ínfimos. A reportagem acessou a página dele, na qual há o link para outra página, na qual a divulgação de números de uma rifa de um VW Golf TSi por R$ 0,03. Diante das postagens feitas desde que teve início a investigação, foi representado pelo mandado de busca para o endereço dele, um edifício na rua Arlindo Floriano de Oliveira, no Parque Baguaçu.

 

Dinheiro de mentira

 

O investigado estava no apartamento e atendeu a equipe do GOE/Deic (Grupo de Operações Especiais), que esteve no local na tarde de segunda-feira (1). Ao ser informado do teor da denúncia, ele acompanhou as buscas que resultaram na apreensão de dois celulares e das várias cédulas de dinheiro que imitam as reais, porém, têm uma frase no verso informando que é de mentira.

 

Segundo a polícia, esse dinheiro cenográfico seria utilizado para atrair a atenção do público pagante nos vídeos promocionais realizados nas redes sociais para venda das rifas. 

 

Confessou

 

Ainda de acordo com o que foi apurado, o investigado confessou que vem promovendo esse tipo de sorteio pela internet há algum tempo, mas negou qualquer relação com alguma facção criminosa.

 

Porém, a polícia encaminhará os celulares apreendidos para perícia, com o objetivo de encontrar indícios de crime de lavagem de dinheiro, já que não há confirmação de que os produtos oferecidos nas rifas anunciadas nas redes sociais são entregues.

 

Após ser ouvido, o investigado foi liberado, mas as investigações continuam, até para tentar identificar outros eventuais participantes do esquema, que teria como vítima a coletividade. Dependendo do resultado das investigações, pode ser configurado também o crime de organização criminosa.

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