Vinicius Gabriel Pereira de Freitas Salles, 22 anos, morreu após sofrer uma descarga elétrica e cair de um andaime, de uma altura aproximada de 6 metros, enquanto trabalhava como prestador de serviços em uma empresa à margem da rodovia Marechal Rondon (SP-300), em Araçatuba, no início da manhã desta segunda-feira (6).
Ele estava acompanhado de outro trabalhador, que disse à polícia que trabalham com MEI (Microempreendedor Individual) e prestam serviços de serralheria e estruturas metálicas. Ainda de acordo com a testemunha, eles foram contratados por essa empresa para fazerem a adequação de um barracão de estrutura metálica.
Eles deram início ao trabalho na semana passada e, nesta segunda-feira, Salles subiu no andaime para receber do caminhão munck, uma treliça de ferro que seria instalada na cobertura.
Choque
O prestador de serviço disse que ficou no chão, utilizando uma corda para guiar o alçamento da peça, que teria tocado a rede elétrica. De acordo com ele, quando Salles segurou a treliça, houve uma faísca, ele a soltou, mas teria ficado com o corpo atrofiado devido à descarga elétrica.
Em seguida, ele moveu-se para frente e despencou do andaime, vindo a cair no chão de concreto, de uma altura aproximada de seis metros. A testemunha disse que pediu ao motorista do caminhão que abaixasse a treliça.
Socorro
Ele alegou ainda que acionou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Porém, como a ambulância estava demorando, e percebendo que Salles estava vido, no desespero o colocou no carro dele e o levou ao pronto-socorro municipal, onde ele teria chegado já sem vida.
A testemunha afirma que a vítima estava de capacete, luvas, protetor auricular e inclusive foi socorrida com o cinto de segurança preso ao corpo. O local onde ocorreu o acidente foi preservado para realização de perícia.
Família
A polícia também falou com o padrasto de Salles, que contou que estava no trabalho quando foi informado por telefone, por uma cunhada, que o enteado dele havia sofrido um acidente. Chegando ao pronto-socorro, ele foi comunicado do óbito.
A técnica em segurança do trabalho da empresa que contratou a vítima esteve na delegacia junto com outro representante da empresa para prestar declarações. Ela afirmou que estava trabalhando quando soube do acidente com um trabalhador terceirizado e acionou um brigadista para buscar uma prancha de socorro.
Quando chegaram ao local com a prancha, a vítima estava deitada no chão de concreto, em local descoberto, e apresentava respiração ofegante. Ainda de acordo com ela, o outro trabalhador terceirizado colocou a vítima em veículo próprio e prestou socorro.
Terceirizados
Ela confirmou que a empresa contratou os serviços dos prestadores porque está sendo feita a remodelação de um barracão de estrutura metálica. Por fim, informou que todas as medidas de segurança do trabalho foram tomadas pela empresa, tanto antes como depois do acidente.
Durante o atendimento à ocorrência uma equipe da CPFL Paulista esteve no local, informando que havia recebido um comunicado de intercorrência na rede elétrica. Porém, os técnicos fizeram vistoria e constataram que a rede estava energizada e funcionando normalmente, não sendo necessária a intervenção.
O corpo da vítima passaria por exame necroscópico no IML (Instituto Médico Legal) antes de ser liberado para velório e enterro.