Polícia

Irmãs são alvo de investigação da Polícia Civil por suspeita de estelionato no Banco do Povo de Coroados

Uma delas trabalha no órgão e a outra é conselheira tutelar na cidade; foram alvos de cumprimento de mandado de busca e apreensão judicial
Lázaro Jr.
24/10/2025 às 12h13
Foto: Lázaro Jr./Ilustração Foto: Lázaro Jr./Ilustração

A Polícia Civil de Coroados (SP) realizou uma operação na quinta-feira (23), para cumprimento de mandados de busca e apreensão contra duas mulheres, suspeitas de participação em um esquema de desvio de dinheiro do Banco do Povo Paulista, órgã do governo do Estado, instalado na cidade.

 

Segundo o que foi apurado pela reportagem, as investigadas são irmãs e uma delas comentou informalmente com os policiais, que teria realizado algumas operações com pessoas que procuraram o Banco do Povo e teria ficado com parte do dinheiro.

 

A investigação é comandada pelo delegado Nilton Aparecido Marinho e os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Vara Regional das Garantias de Araçatuba, para apurar possível crime de estelionato e outros delitos.

 

Funcionária

 

Uma das equipes esteve na residência de uma das investigadas, que é funcionária do Banco do Povo de Coroados, onde atua como agente de crédito. A equipe foi informada por vizinhos que ela havia se mudado e ela foi encontrada no local de trabalho.

 

O prédio está em reforma, sem atendimento, mas ela permaneceria no local, "cumprindo hora". Ao ser informada do mandado de busca, a investigada informou que parte dos documentos, computador e demais objetos estavam guardados em uma sala anexa e parte na Prefeitura.

 

Foram apreendidos o celular dela, o celular corporativo e o computador utilizado por ela no trabalho. Também foram feitas buscas na casa dos pais da investigada, onde ela está residindo atualmente, mas nada de interesse da investigação foi encontrado.

 

Durante as buscas, a mulher teria comentado que algumas pessoas a procuravam no Banco do Povo, pois estariam passando por dificuldades financeiras, e teriam concordado em realizar operações de crédito, desde que ela ficasse com parte do valor obtido.

 

Conselheira tutelar

 

A outra investigada seria conselheira tutelar na cidade e também foi encontrada no local de trabalho dela, onde teve o celular apreendido e forneceu a senha de bloqueio de tela. No Conselho Tutelar foram apreendidos documentos e notas fiscais.

 

Já na casa dela foram recolhidos dois notebooks e documentos, incluindo um contrato de crédito bancário do Banco do Povo no nome dela, no valor de aproximadamente R$ 20 mil, assinado em 2022.

 

Também havia uma execução de títulos em nome dela e outra em nome do marido dela, expedidos pela Vara Cível de Birigui, referente a ação movida pela Desenvolve SP - Agência de Fomento do Estado, responsável pelo Banco do Povo.

 

Liberadas

 

As duas investigadas foram levadas para a delegacia, onde compareceram os respectivos advogados. A funcionária do Banco do Povo, após conversa em particular com o advogado, relatou que permaneceria em silêncio na fase policial.

 

Após o registro da ocorrência elas foram liberadas, mas a investigação terá sequência e o material apreendido será encaminhado para perícia.

 

A reportagem encaminhou e-mail para a Prefeitura de Coroados pedindo informações sobre o caso, mas não teve resposta. Também foi feito contato com a assessoria de imprensa da Desenvolve SP, que é responsável pela gestão do Banco do Povo, mas por enquanto não houve resposta.

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