Polícia

Investigado por comercializar sinal de 'TV pirata’ é preso por determinação da Justiça

Alvo da Operação 404, em 2020, teve a prisão preventiva decretada em processo por lavagem de dinheiro
Lázaro Jr.
04/04/2025 às 16h24
Agora réu, o jovem havia sido preso durante operação da Polícia Civil em 2020 (Foto: Divulgação) Agora réu, o jovem havia sido preso durante operação da Polícia Civil em 2020 (Foto: Divulgação)

A Polícia Civil prendeu na quinta-feira (3) em Penápolis (SP), Humberto Magalhães Anelli, 28 anos, que teve a prisão preventiva decretada em processo que investiga o crime de lavagem de dinheiro. Em 2020, ele foi alvo da “Operação 404”, realizada pela Polícia Civil de Araçatuba e coordenada pelo Ministério da Justiça.

 

Conforme divulgado na ocasião, ele seria o responsável por um esquema que movimentava cerca de R$ 5 milhões no ano com a comercialização de sinal de TV paga, obtido de forma fraudulenta. A investigação apontou que o jovem usava um site para transmitir os sinais das TVs capturados de forma fraudulenta e atraía clientes por meio de publicações do negócio nas redes sociais. 

 

Quando a operação foi deflagrada e o site tirado do ar por ordem da Justiça, ele teria cerca de 300 mil usuários, sendo que cada um pagaria R$ 35,00 mensais para receber os sinais dos canais de TV pagos. 

 

Prisão

 

Na ocasião, ele teve a prisão em flagrante decretada e pagou R$ 30 mil de fiança para responder o inquérito em liberdade. A investigação foi concluída e relatada à Justiça, que recebeu a denúncia do Ministério Público e decretou a prisão preventiva de Anelli.

 

Segundo o que foi apurado pela reportagem, ao decretar a prisão, a Justiça acatou o pedido baseado na apuração de que o agora réu teria estruturado uma vasta rede de lavagem de dinheiro proveniente da venda fraudulenta dos sinais de TV, o que também configura o crime de violação de direitos autorais.

 

Fachada

 

Ainda de acordo com o que foi divulgado na época, o investigado tinha como fonte oficial de renda uma pizzaria que seria em sociedade com uma irmã. Para a polícia, o negócio seria de fachada para lavagem de dinheiro, já que com a comercialização ilegal dos sinais de TV, ele teria movimentado R$ 674 mil somente nos cinco dias do mês que antecederam a operação.

 

Durante a operação foram apreendidos três carros de luxo, que juntos, estavam avaliados em mais de R$ 1 milhão, além de 16 cartões bancários sem limite de crédito em nome do empresário, dois relógios Rolex; e uma cadeira de massagem avaliada em R$ 36 mil.

 

Segue investigando

 

A investigação apontou a movimentação de mais de R$ 20 milhões em contas bancárias e demais investimentos relacionados ao réu, sendo que várias dessas movimentações não teriam sido justificadas.

 

Além disso, ele é investigado em outro processo que apura que mesmo após ter sido preso em flagrante, após a deflagração da operação, ele teria retomado as atividades criminosas. Após ser preso, ele permaneceu à disposição da Justiça para passar por audiência de custódia.

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