Investigado por abuso sexual contra crianças em escola de Araçatuba é preso

O profissional que atuava como professor de dança em projetos desenvolvidos em uma unidade escolar de Araçatuba (SP) que está sendo investigado por denúncia de possíveis atitudes de abuso sexual que teria praticado contra crianças foi preso na manhã desta quinta-feira (21).

Ele teve a prisão temporária decretada pela Justiça a pedido da Polícia Civil e era considerado foragido. Porém, segundo o que foi apurado pela reportagem, o investigado se apresentou na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) no início da manhã e foi dado cumprimento ao mandado de prisão.

Ainda de acordo com o que foi apurado, ele estava acompanhado de um advogado e declarou que irá se manifestar apenas em juízo. Conforme já foi divulgado, o caso é investigado pela DDM e foram registrados pelo menos oito boletins de ocorrência relacionados a denúncia de possível abuso sexual por parte do professor de dança, envolvendo nove possíveis vítimas.

Denúncia 

O Trio Notícias teve conhecimento do caso no último dia 8, quando procurou a Prefeitura, que confirmou que a Secretaria Municipal de Educação havia recebido denúncia contra o investigado no dia 30 de outubro.

No dia seguinte a Secretaria Municipal de Educação realizou Escuta Especializada visando os encaminhamentos cabíveis, conforme prevê a lei 13.431/2017, e fez os encaminhamentos para a rede de proteção de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência, instituído pela Resolução Comdica 05/2022.

O investigado estava afastado das atividades e o caso é acompanhado pela Corregedoria do Município. "Ressaltamos que todas as providências foram adotadas para assegurar a proteção e o cuidado dos estudantes, com os devidos encaminhamentos aos órgãos de defesa e proteção dos direitos da criança e do adolescente vítimas ou testemunhas de violência", informa a Prefeitura em nota.

Investigação

De acordo com o que foi apurado pela reportagem, o inquérito segue tramitando e não é descartada a existência de outras possíveis vítimas. O mandado de prisão é pelo período de 30 dias e pode ser prorrogado pelo mesmo período, dependendo do andamento das investigações.

A reportagem tentará contato com o advogado do investigado. Não são informados detalhes porque a investigação ocorre em sigilo.