Polícia

Investigação frustra plano para eliminar promotor de Justiça e coordenador de presídios

Agentes da Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Gaeco cumprem 25 mandados na região de Prudente
Da Redação
24/10/2025 às 09h19
Foto: Ilustração/Divulgação Foto: Ilustração/Divulgação

A Polícia Civil, por meio da 1ª DIG/Deic (Delegacia de Investigações Gerais da Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Presidente Prudente, deflagrou nesta sexta-feira (24), a Operação Recon, ofensiva coordenada que frustrou um audacioso plano de atentado contra autoridades públicas da região.

 

A ação teve apoio da Unidade de Inteligência do Deinter-8 (Departamento de Polícia Judiciária), do Baep (Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar), do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público e da Polícia Penal.

 

Segundo o que foi divulgado, os alvos seriam o promotor de Justiça Lincoln Gakiya e o coordenador de presídios da região oeste de São Paulo, Roberto Medina.

 

A operação, que contou com intenso planejamento e integração entre as forças de segurança, tem por objetivo o cumprimento de 25 mandados de busca domiciliar distribuídos nas cidades de Presidente Prudente (11), Álvares Machado (6), Martinópolis (2), Pirapozinho (2), Presidente Venceslau (2), Presidente Bernardes (1) e Santo Anastácio (1).

 

Plano

 

As investigações coordenados pela 1ª DIG/Deic-8, revelaram a existência de uma célula do crime organizado estruturada de forma compartimentada e altamente disciplinada.

 

Ela teria a missão de realizar levantamentos detalhados da rotina de autoridades públicas e de seus familiares, com a clara finalidade de preparar atentados contra esses alvos previamente selecionados.

 

De acordo com os elementos colhidos, os criminosos já haviam identificado, monitorado e mapeado os hábitos diários de autoridades, num plano meticuloso e audacioso que demonstrava o grau de periculosidade e ousadia da organização. 

 

A célula operava sob rígido esquema de compartimentação, no qual cada integrante desempenhava uma função específica, sem conhecer a totalidade do plano, o que dificultava a detecção da trama.

 

Investigação

 

“A ação integrada entre os setores de inteligência da Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e do MP-SP foi fundamental para detectar e neutralizar o plano antes que fosse executado, impedindo que o crime organizado alcançasse seu objetivo”, informa nota divulgada pela assessoria de imprensa do MP-SP. 

 

Ainda de acordo com a nota, a atuação coordenada das instituições permitiu a identificação dos envolvidos na fase de reconhecimento e vigilância, com a apreensão de materiais e equipamentos que serão submetidos à perícia.

 

O objetivo é descobrir dos responsáveis pela etapa de execução do atentado. As buscas domiciliares realizadas nesta sexta-feira devem resultar na coleta de diversos elementos de prova que subsidiarão as próximas fases da investigação, voltadas à identificação de outros partícipes e ao mapeamento completo da cadeia de comando criminosa.

 

Comprometimento

 

“A Operação Recon simboliza a efetividade da integração entre a Polícia Civil, a Polícia Penal, o Ministério Público e a Polícia Militar, reafirmando o comprometimento do Estado de São Paulo com a defesa da ordem pública, da legalidade e da integridade das instituições e de seus representantes”, informa a nota.

 

Que acrescenta que: “o êxito da operação demonstra, mais uma vez, que a união das forças de segurança e de persecução penal, fomentada pelo Estado de São Paulo, é a resposta mais eficaz contra a ousadia e a violência das organizações criminosas, que tentam, sem êxito, investir contra o Estado Democrático de Direito e seus agentes”.

 

O MP-SP divulgou outra nota, informando que a Procuradoria-Geral de Justiça expressa irrestrito apoio às duas autoridades e a todas as demais que, por cumprirem seu dever funcional, se transformam em alvos do crime organizado.

 

“Graças à atuação integrada do Ministério Público, da Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Penal, o tentame não se consumou. A população pode ficar tranquila. As instituições continuarão desempenhando o seu papel constitucional: defender a sociedade e combater os que vivem à margem da lei!”.

 

Segue a nota: “Diferentemente do que possam suspeitar os autores do plano frustrado, esse acontecimento não intimidará nenhum dos valorosos membros do MPSP, que têm como marca a coragem e a altivez. Pelo contrário. Atuaremos com mais energia ainda. Como afirmei em outra ocasião, não recuaremos sequer um centímetro. Repito: sequer um centímetro!”.

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