Polícia

Homem que morreu atropelado na Rondon tinha 76 anos e morava em Birigui

Motorista do Jeep Grand Cherokee que causou o atropelamento disse que deixou o local porque estava com a família e ficaram muito assustados com a situação
Lázaro Jr.
25/09/2023 às 18h43
A Polícia Civil de Birigui já instaurou inquérito para investigar o caso (Foto: Divulgação) A Polícia Civil de Birigui já instaurou inquérito para investigar o caso (Foto: Divulgação)

O homem que morreu atropelado na noite de sexta-feira (22) quando seguia de bicicleta pela rodovia Marechal Rondon (SP-300), em Birigui, é Durval Agnelli, 76 anos morador na cidade. Ele foi reconhecido por um filho.

 

Segundo o que foi informado à Polícia Militar Rodoviária, após o atropelamento o condutor de um Jeep Grand Cherokee com placas de Birigui abandonou o veículo e deixou o local, alegando que iria ao pronto-socorro e não foi encontrado. O dono do veículo se apresentou à polícia nesta segunda-feira (25) e um inquérito já foi instaurado para investigar o carro.

 

A reportagem apurou que o filho de Agnelli esteve no plantão policial de Birigui no sábado (23), à procura do pai. Ele informou que a vítima estaria desaparecida desde as 19h30 de sexta-feira. Ainda de acordo com o filho, o idoso estava com Alzheimer e assim que soube do atropelamento ocorrido no final da noite, já suspeitou que a vítima poderia ser o pai dele.

 

Orientado a procurar o IML (Instituto Médico Legal) de Araçatuba, o declarante fez o reconhecimento facial de Agnelli e também reconheceu as roupas que ele vestia. Após a identificação e a conclusão do exame necroscópico, o corpo foi liberado para o enterro, que aconteceu no domingo, sem velório, no cemitério municipal em Cruzeiro do Oeste (PR).

 

Investigação

 

O delegado titular do 2º Distrito Policial de Birigui, Nilton Aparecido Marinho, informou que o proprietário do Jeep Grand Cherokee encontrado abandonado no local após o atropelamento se apresentou e informou que conduzia o veículo.

 

Ele alegou que seguia pela pista oeste, entre Coroados e Birigui, pelo lado direito da via, trazendo a esposa e um filho ainda criança, como passageiros, retornando para casa.

 

Ainda de acordo com ele, algo surgiu na frente do carro de repente, ocasionando a colisão e causando amassamento no capô do veículo. Assim que estacionou, o condutor disse que havia uma bicicleta “enroscada” embaixo do carro e viu o corpo da vítima alguns metros antes.

 

Apavorado

 

Ao prestar declarações, o proprietário do Jeep disse que outras pessoas pararam e acionaram a Polícia Militar Rodoviária e o resgate do Corpo de Bombeiros. Como ele e a esposa ficaram apavorados e muito assustados com a situação, optou por deixar o carro danificado no local, vindo a aceitar a ajuda de outro casal para ir ao pronto-socorro, antes da chegada dos policiais.

 

O homem alegou ainda que por não terem sofrido nenhuma lesão, decidiram ir para a residência desse suposto casal, em Birigui, ao invés de procurar atendimento médico. Entretanto, afirmou que o sogro dele teria ido ao local do atropelamento, onde teria permanecido.

 

Por fim, o investigado declarou que não tinha intenção de causar o acidente e nem de fugir do local do acidente, e que tudo foi muito rápido e ele não percebeu qualquer pessoa na frente do veículo.

 

Atropelamento

 

O atropelamento aconteceu pouco antes das 23h, na altura do quilômetro 515,7 da pista oeste, sentido interior. A vítima foi encontrada caída, já sem vida, ao lado de uma bicicleta, e o Jeep Grand Cherokee estava abandonado, sem o condutor.

 

Funcionários da concessionária Via Rondon, que administra a estrada, disseram que o condutor do carro havia deixado o local, alegando que iria ao pronto-socorro municipal.

 

Ainda de acordo com o que foi informado, equipes estiveram no pronto-socorro municipal e no Hospital Unimed de Birigui, mas o condutor do Jeep não foi localizado. O caso foi registrado como homicídio culposo na direção de veículo.

 

A polícia aguardará a emissão dos laudos da perícia e do exame necroscópico e tentará identificar e ouvir eventuais testemunhas e a possibilidade de haver imagens da ação.

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