Patrick Aparecido de Oliveira Machado foi condenado por morte de policial em Araçatuba (Foto: Reprodução TV Tem)
Patrick Aparecido de Oliveira Machado, 44 anos, morreu após ser baleado por policiais militares em Três Lagoas (MS) na noite de terça-feira (11). Em 2013, ele foi condenado a 15 anos, 6 meses e 20 dias de prisão, por ter assassinado o policial civil Orival Pereira dos Santos, crime ocorrido em um supermercado em Araçatuba (SP), em 2009.
Segundo a assessoria de imprensa da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) de São Paulo, Machado estava em liberdade desde junho de 2025, quando deixou a Penitenciária 2 de Mirandópolis, em virtude de livramento condicional concedido pela Justiça.
A reportagem pediu informações à assessoria de imprensa da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul sobre a ocorrência envolvendo a morte dele, mas a instituição informou que não divulga informações sobre morte decorrente de confronto.
Também foi encaminhado e-mail para a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) de Mato Grosso do Sul pedindo informações sobre a ocorrência, mas não houve resposta.
Resistiu
O que foi publicado pela imprensa local, é que policiais militares da Força Tática teriam recebido denúncia anônima de que havia um homem armado na Rua A, no bairro Vila Verde. Ao encontrá-lo, os policiais teriam tentado fazer a abordagem, mas Machado teria saído correndo.
A equipe iniciou o acompanhamento e durante a tentativa de fuga, o suspeito, que estaria armado, teria reagido. Os policiais dispararam contra ele, que foi atingido, desarmado e levado ao hospital, mas não resistiu.
Araçatuba
O homicídio que condenou Machado ocorreu na manhã de 18 de outubro de 2009, em um supermercado na rua Prof. João Evangelista da Costa, no bairro Primavera.
Ele foi denunciado por homicídio qualificado pelo motivo torpe e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima, que foi morta com quatro disparos de arma de fogo.
Vingança
Um delegado ouvido em juízo relatou que entre 1998 e 1999, participou de uma investigação em que a mãe de Machado foi presa por latrocínio, crime ocorrido em Iperó, município localizado na região de Sorocaba, e que o investigador assassinado também participou da investigação.
Ouvida em juízo, uma testemunha contou que no dia do crime estava no setor de refrigerantes quando o réu se aproximou da vítima por trás e atirou na nuca dela. Quando a vítima já estava no chão, recebeu mais três disparos na cabeça.
Outra testemunha disse que após o primeiro tiro, ouviu Machado dizer: “você nunca mais vai dar tapa na cara de ninguém e você nunca mais vai prender a mãe de ninguém”, depois ele fez mais três disparos.
Confessou
Ouvido em juízo, o réu confessou ter atirado na vítima, alegando que era agredido, já havia sido ameaçado de morte por ela e, por isso, a matou. Porém, alegou que andava armado para se defender de outras desavenças e não teria ido ao mercado com a intenção de matar o policial.