Homem é preso acusado de agredir e manter a mulher em cárcere privado em Birigui

Um homem de 33 anos foi preso em flagrante na manhã desta quinta-feira (17), em Birigui (SP), pela lei Maria da Penha, acusado de agredir e manter a companheira dele em cárcere privado. Segundo a polícia, a vítima, de 38 anos, apresentava vários ferimentos e precisou de atendimento médico.

Ela contou que convive com o investigado por cerca de um ano, mas há quatro meses o relacionamento estaria conturbado por ele fazer uso de cocaína. Ainda de acordo com a mulher, por cerca de um mês ele a manteve em cárcere privado, sem permitir que ela saísse de casa.

O investigado inclusive teria jogado a chave no terreno baldio ao lado da residência do casal. O motivo, de acordo com a vítima, seria ciúmes, o que também o levava a agredi-la.

Intensificaram

A mulher contou à polícia que há quatro dias as agressões se intensificaram, devido ao uso constante de cocaína por parte do companheiro dela. A vítima disse que hoje pela manhã, ao acordar, ela decidiu arrumar as roupas para sair de casa, mas ao ver a mala, o companheiro dela passou a gritar e a ameaçá-la de morte.

Em seguida, ele teria passado a agredi-la com socos na cabeça e no rosto e teria jogado o celular dela contra parede. Na tentativa de fugir das aagressões, a vítima disse que caiu no chão várias vezes e, mesmo caída, era agredida com chutes pelo corpo.

Durante as agressões, o acusado teria inclusive pegado uma faca para atacá-la, mas teria sido impedido por uma cunhada dela, que teria passado a noite na residência do casal. A vítima disse que aproveitou para chamar a polícia quando o companheiro dela saiu de casa com essa cunhada.

Negou

Ele foi detido quando retornava, na condução da caminhonete e, ao ser ouvido, negou as agressões, alegando que as lesões sofridas por ela foram causadas quando ele tentava segurá-la. O acusado foi apresentado na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), teve a prisão confirmada e a delegada que presidiu a ocorrência representou pela decretação da prisão preventiva.

Ela levou em consideração os antecedentes do investigado, que possui diversas passagens por crimes cometidos com violência ou grave ameaça, inclusive em contexto de violência doméstica e familiar, além de um roubo. 

A mulher passou por atendimento médico no pronto-socorro municipal e foi apresentada na delegacia por guardas municipais. Ela representou criminalmente contra o companheiro e representou pelas medidas protetivas de urgência.