Polícia

Homem é acusado de causar prejuízo de mais R$ 26 mil para primo idoso, com ajuda de vizinha

Acusados foram identificados pela Polícia Civil de Birigui, após a vítima registrar boletim de ocorrência contra os dois
Lázaro Jr.
24/06/2025 às 12h13
Foto: Ilustração/Divulgação Foto: Ilustração/Divulgação

A Polícia Civil de Birigui (SP) indiciou por estelionato, um homem e uma mulher, acusados de causar prejuízo financeiro de mais de R$ 26 mil a um idoso de 61 anos. O acusado é primo da esposa da vítima e teria contato com a ajuda de uma vizinha para aplicar o golpe.

 

A investigação foi coordenada pelo responsável pelo do 1º Distrito Policial, delegado Ícaro Oliveira Borges, após o idoso procurar a polícia. Ele relatou que passava por um período emocionalmente difícil e o primo dele por afinidade, sugeriu que entrasse em contato com duas supostas garotas de programa.

 

O investigado teria sugerido o contato por meio de perfis das mulheres no Facebook, os quais foram apresentados à vítima. O contato foi feito e, durante as conversas online, o idoso passou a ser convencido a fazerem transferências em valores para as supostas garotas de programa, que alegavam dificuldades financeiras.

 

Celular

 

O idoso começou a desconfiar que estava sendo vítima de um golpe armado pelo primo, após uma das mulheres pedir um celular de presente. Apesar de ela não ter comentado a respeito, foi o primo que apareceu na casa da vítima e se ofereceu para levar o aparelho até o endereço de entrega.

 

A parti daí, ele foi verificar o nome que aparecia nos extratos bancários referentes às transferências por Pix e constatou que a maioria estava em nome de uma mulher. O idoso constatou ainda que essa mulher era amiga do primo dele na página do Facebook dela, apresentada a ele.

 

Identificados

 

Com a formalização da denúncia à polícia, iniciou a investigação e confirmou que o primo do idoso e a mulher que recebeu o dinheiro não eram apenas conhecidos, mas sim amigos e vizinhos.

 

O investigado foi intimado a prestar declarações, mas exerceu o direito constitucional de permanecer em silêncio. Já a vizinha dele admitiu que havia cedido a conta para receber o dinheiro, alegando que ele disse a ela que precisava receber dinheiro de um "amante homossexual" e a esposa dele não poderia saber.

 

Indiciados

 

Ao concluir o inquérito, com base nas provas documentais e demais elementos, o delegado entendeu que o primo do idoso foi o arquiteto do golpe e teria se aproveitado da confiança e da condição de vulnerabilidade da vítima para aplicá-lo. Além disso, a vizinha dele teria tido participação essencial para o sucesso da fraude.

 

Diante disso, os dois foram formalmente indiciados pelo crime de estelionato majorado contra idoso e o caso foi encaminhado ao Poder Judiciário. Caberá ao Ministério Público decidir por possível denúncia para que os investigados passem a ser réus em processo.

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