Polícia

Falsa médica tem a prisão preventiva decretada

Passou por audiência de custódia nesta terça-feira e deverá permanecer na cadeia por tempo indeterminado
Lázaro Jr.
05/03/2024 às 17h59
Mulher que atendeu mais de 30 pacientes em unidade de saúde de Coroados teve a prisão preventiva decretada (Foto: Reprod Mulher que atendeu mais de 30 pacientes em unidade de saúde de Coroados teve a prisão preventiva decretada (Foto: Reprod

A Justiça decretou a prisão preventiva da mulher de 27 anos, que foi presa em flagrante na tarde de segunda-feira (4), ao ser flagrada atuando como médica em uma unidade de saúde de Coroados (SP), cidade vizinha a Birigui, utilizando o registro do CRM (Conselho Regional de Medicina) de um médico urologista.

 

A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). Com a decisão, tomada durante audiência de custódia, ela deve permanecer à disposição da Justiça por tempo indeterminado.

 

Segundo o que foi apurado pela reportagem, a investigada tem como endereço um imóvel em Glicério. Ela disse à polícia que foi contratada pela Prefeitura de Coroados, por meio da Secretaria de Saúde, para fazer plantões semanais de 12 horas, por um salário de R$ 4 mil mensais. Ainda de acordo com ela, a contratação se deu por meio de uma empresa terceirizada de Piracicaba.

 

Desconfiaram

 

Segunda-feira teria sido o primeiro dia de trabalho dela na unidade de saúde. A secretaria informou à polícia que a mulher atendeu 36 pacientes, incluindo crianças e idosos. Porém, atitudes dela chamaram a atenção de enfermeiros e técnicos da unidade.

 

Ao pesquisar o registro no CRM (Conselho Regional de Medicina) apresentado por ela no ato da contratação. Para a surpresa da equipe de enfermagem, o registro era de um médico urologista.

 

A Polícia Civil foi comunicada, o investigador solicitou cópias dos documentos apresentados pela investigada e telefonou para a faculdade em São José do Rio Pardo, onde ela disse que havia se formado bacharel em Medicina, em 2022.

 

A polícia foi informada que a primeira turma de medicina do campus teve início justamente em 2022 e não há nenhuma turma formada pela instituição.

 

Confessou

 

Ouvida pelo delegado Nilton Aparecido Marinho, a investigada acabou confessando que teria pago R$ 40,00 a um desconhecido para providenciar os documentos falsos, os quais ela teria usado para ser contratada de forma terceirizada para exercer a profissão de médica.

 

Foi apreendido um carimbo com o nome da investigada e o CRM do médico urologista; vários documentos; e o celular da acusada. Ela será indiciada por exercício Ilegal da medicina; perigo para a vida ou à saúde de outrem; falsidade ideológica; uso de documento falso; e estelionato tentado.

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