A Polícia Civil de Birigui (SP) irá instaurar inquérito para investigar denúncia feita contra um funcionário de uma farmácia, que foi acusado de molestar sexualmente de uma cliente que solicitou a aplicação de uma injeção em domicílio.
Segundo o que foi apurado pela reportagem, o caso aconteceu na manhã do último sábado (10) e o investigado negou ter cometido algum crime. A Polícia Militar foi chamada na casa da vítima, de 27 anos, que contou que telefonou na farmácia e solicitou a aplicação de um injeção anticoncepcional em domicílio.
Ela relatou que durante a aplicação, o investigado, que tem 51 anos, disse que teria ocorrido um probleminha e, em seguida virou-se, abaixou as calças e retirou o órgão genital, esfregando-o na nádega dela.
Ele ainda teria tapado a boca da mulher com uma das mãos e passado a outra mão no órgão sexual da vítima, chegando inclusive a penetrar os dedos. A mulher relatou que conseguiu afastá-lo e mandou sair da casa dela. Ele inicialmente teria negado e teria pedido a ela uma forma de recompensá-la, o que teria recusado.
Ameaças
Antes de deixar o local, de acordo com ela, o investigado teria feito ameaças e teria passado outras vezes na frente da casa dela. Os policiais militares que atenderam a ocorrência afirmaram que ofereceram ajuda médica à vítima, mas ela recusou e disse depois iria à delegacia.
Após ouvir a versão da mulher, os policiais foram até à farmácia, onde aguardaram a chegada do entregador. Ao ser ouvido, ele confirmou que esteve na residência da vítima, mas negou que tivesse cometido algum crime.
Ele disse que a mulher teria pedido a ele para não fazer barulho, pois a mãe e a filha dela estariam dormindo. Em seguida, teria abaixado toda a calça, o que informou não ser necessário, e que durante a aplicação da injeção, houve vazamento de sangue na nádega da cliente.
O entregador disse que pegou um algodão para limpar o local e colou um adesivo curativo. Em seguida saiu para pegar a máquina de cartão, que havia esquecido na moto, mas teria sido impedido de entrar na casa para receber, tendo a mulher afirmado que não pagaria pela medicação.
Liberado
O delegado que presidiu o flagrante ouviu as partes e teve acesso a um vídeo gravado pela vítima, feito após o atendimento, que deve ser anexado ao inquérito. De momento, ele entendeu que não seria caso de decretar a prisão em flagrante e decidiu pela liberação do investigado.
O caso foi registrado como importunação sexual e será investigado.