O proprietário do laboratório de cosméticos que foi interditado pela Vigilância Sanitária de Birigui (SP) nesta segunda-feira (15), nega qualquer relação da empresa dele com a fabricação da pomada fixadora de cabelo que causou lesões em pessoas que utilizaram o produto no Rio de Janeiro.
A interdição foi feita durante vistoria de agentes da Vigilância Sanitária Municipal, acompanhados de policiais civis, que durante a ação cumpriram um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça, devido a denúncia de que o produto investigado estaria sendo fabricado no local.
Ao procurar a reportagem, o empresário informou que tem autorização para a fabricação de xampu, condicionador para cabelo e talco.
Ainda de acordo com ele, a empresa está em recesso e após a faxina que estaria sendo feita nesta segunda-feira durante a fiscalização, seria feita a pintura no prédio, reforma que ele providenciaria todos os anos, para no final do mês dar entrada no pedido de renovação do alvará de funcionamento.
Fiscalização
Ele confirmou que os agentes da Vigilância Sanitária estiveram no prédio na semana passada, quando estaria fechado, e fizeram contato com ele por telefone, mas teria explicado que por questões de saúde não tinha como ir ao local naquele momento para abrir o imóvel.
Sobre a pomada que estaria sendo fabricada com informações da empresa dele, o empresário informa que no final da semana passada recebeu um telefonema de uma pessoa querendo comprar tal produto, mas explicou que não fabrica esse tipo de pomada.
“A pessoa informou que no rótulo da pomada estão as informações da minha empresa e eu já passei o caso para o meu advogado”, afirma o empresário, acrescentando que os órgãos responsáveis precisam investigar quem está fazendo a falsificação. “Os órgãos competentes ao invés de investigar a falsificação, vem prejudicar a vítima”, comenta.
Arbitrariedades
O dono do laboratório alega ainda que a interdição está cheia de arbitrariedades e que não teria recebido o mandado de busca e apreensão durante a vistoria no prédio. “Não se fecha uma indústria sem dar prazo para o responsável resolver o que está sendo pedido”, justifica.
Por fim, ele reforça que o laboratório não estava em atividade, fabricando produtos com alvará atrasado, tanto que nenhuma mercadoria foi encontrada no local.