Uma mulher de 42 anos, de Birigui (SP), procurou a polícia nesta sexta-feira (10), para denunciar outra mulher, que seria conselheira tutelar na cidade, por agressão e ameaça. A vítima requereu as medidas protetivas previstas na lei Maria da Penha.
Os crimes teriam sido motivados por ciúmes, já que a vítima estaria mantendo um relacionamento amoroso com o marido da acusada. Ela alega que não sabia que ele era casado, apesar de estarem se relacionando há pelo menos três anos.
A mulher procurou a delegacia acompanhada do advogado Cesar Augusto Franzoi e informou que na última sexta-feira (3), combinou com o homem com o qual mantinha um relacionamento amoroso, de se encontrarem em uma casa de um condomínio na qual acostumavam se ver.
Surpresa
De acordo com ela, enquanto o casal estava na residência, a esposa do homem apareceu, acompanhada de outra mulher, e passou a bater na porta insistentemente. De tanto ela insistir, o homem abriu a porta, permitindo que as duas entrassem. Assim que a viu, a esposa dele teria partido para cima da vítima e passado a desferir socos, joelhadas e chutes.
Durante as agressões, a investigada teria arrancado tufos do cabelo da vítima e utilizado um objeto que ela não identificou, para provocar um corte no seio esquerdo dela. Em seguida, teria passado a pisotear nas costas da vítima, causando fortes dores.
Segundo a vítima, o marido da agressora teria tentado intervir, alegando que ela não tinha culpa de nada, pois ele a havia convidado, mas as agressões prosseguiram.
Faca
A autora ainda teria pego uma faca e uma garrafa, mas foi contida pela amiga e pelo marido dela, que pediram para parar. Apesar de ter cessado as agressões, a mulher teria passado a fazer ameaças, inclusive afirmando que conhecida os filhos da vítima e que os mataria.
Após esse episódio, de acordo com a vítima, a investigada continuou mandando mensagens ameaçadoras contra ela e os filhos, dizendo que iria até à casa dela para que "contasse toda a verdade".
Em uma das mensagens, ela teria dito para não procurar polícia, utilizando o cargo de conselheira tutelar para intimidá-la, de acordo com a vítima, que disse mesmo após bloqueá-la nas redes e no celular, nesta sexta-feira (10), teriam sido feitas novas ameaças, por isso, optou por procurar a polícia e registrar a ocorrência.
Medidas protetivas
Temendo pela própria segurança e pela segurança dos filhos, a vítima requereu as medidas protetivas de urgência contra a investigada. Ela passaria por exame de corpo de delito para constatar as lesões sofridas em decorrência da agressões da semana passada.
Por fim, a vítima disse à polícia que não fez a denúncia anteriormente por medo de que a investigada utilizasse o cargo de conselheira tutelar para prejudicá-la. O caso foi registrado como lesão corporal, ameaça e injúria.
A reportagem procurou o advogado da vítima, que informou que não pode se manifestar porque o caso tramita em sigilo. A investigada ainda não foi localizada para das a versão dela sobre o ocorrido.