Polícia

Condenado por participação no assalto à Protege de Araçatuba é morto em confronto com o Baep

Rogério Bezerra dos Santos tinha pena de 82 anos de prisão a ser cumprida e era considerado foragido
Lázaro Jr.
08/03/2025 às 11h39
Rogério Bezerra dos Santos foi morreu em confronto com o Baep (Foto: Reprodução) Rogério Bezerra dos Santos foi morreu em confronto com o Baep (Foto: Reprodução)

Rogério Bezerra dos Santos, 46 anos, conhecido como “Bugre”, morreu ao ser baleado por equipe do Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) em Rio Claro (SP), na tarde desta sexta-feira (7). Ele foi condenado a 82 anos e 3 meses e 19 dias de prisão por participação no assalto à empresa de Valores Protege, em Araçatuba, e era considerado foragido.

 

Segundo informações divulgadas pelo site Grupo Rio Claro SP, equipes do Baep foram cumprir o mandado de prisão do condenado, que havia fugido em tentativas anteriores. Desta vez, ao receber ordem de parada, ele teria feito três disparos contra os policiais, que revidaram.

 

Santos chegou a ser socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e encaminhado para atendimento médico, mas teve o óbito confirmado pouco antes das 16.

 

Roubo

 

O assalto à empresa de transporte de valores Protege, em Araçatuba, aconteceu em 16 de outubro de 2017, quando ladrões explodiram o prédio e roubaram aproximadamente R$ 8 milhões em dinheiro. Um policial civil de Araçatuba foi morto na ação criminosa, que teve veículos incendiados e disparos feitos contra o quartel da Polícia Militar.

 

Rogério foi denunciado por latrocínio contra o policial civil André Luís Ferro da Silva, assassinado durante a ação criminosa; por duas tentativas de latrocínio; crime de explosão qualificado; e de incêndio qualificado.

 

Ele havia sido absolvido em primeira instância por insuficiência de provas, mas foi condenado pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), que acatou recurso do Ministério Público. O irmão dele, Roberto Bezerra dos Santos, foi condenado a 80 anos, 11 meses e 26 dias de prisão. Quando saiu a sentença, ele estava preso.

 

Participação

 

De acordo com a denúncia, os irmãos Bezerra manteriam contato com a célula criminosa com sede em Limeira, Rio Claro e Campinas e já eram procurados pela Justiça por roubo. Quando o assalto à Protege foi planejado, eles estariam escondidos no rancho em Glicério, utilizando nomes falsos.

 

Segundo a denúncia, os dois deram suporte à quadrilha e após o roubo fugiram para Promissão, onde atearam fogo nos veículos e seguiram de caminhão, levando o dinheiro para a região de Araraquara.

 

Condenação

 

Ao condenar os réus, o desembargador Luiz Antônio Cardoso cita que era de se esperar que eles negassem a prática dos crimes, para não produzir provas contra eles.  “...muito menos de dizer toda a verdade, comprometendo os seus comparsas, com isso, suas evasivas devem ser recebidas como ato natural de defesa”.

 

E acrescentou:  “...clara está a responsabilidade criminal de Roberto, Rogério e Luken (este com participação de menor importância), pela prática dos crimes tratados nestes autos, não havendo que se falar em absolvição (o primeiro e o último), tampouco em se manter o édito absolutório (o segundo) ou mesmo manter a desclassificação (o último) por qualquer dos fundamentos por eles utilizados”.

 

“Tal circunstância (resultado morte), embora própria desse tipo de crime, é incomum em considerando tantos outros crimes menos graves previstos no nosso ordenamento jurídico, fato que exige maior cautela na fixação da custódia cautelar”.

 

Luken César Burgui Augusto, citado acima, teve a pena revista no julgamento do mesmo recurso pelo TJ-SP a pedido do MP. De 6 meses de detenção em regime inicial semiaberto, ele teve a pena aumentada para 46 anos, 11 meses e 10 dias de reclusão.

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