O pedreiro Diogo Henrique Antônio, 30 anos, também conhecido como “Uiti”, foi preso no último sábado (9) pela Polícia Militar em São José do Rio Preto (SP). Ele era considerado foragido da Justiça de Araçatuba desde junho de 2023, quando foi condenado a 7 anos de prisão pelo assassinato do vendedor Alex Junio Lourenço Humbinger, 22.
O crime ocorreu em 2016 e o réu não compareceu ao julgamento pelo Tribunal do Júri. A sentença foi proferida pelo juiz Danilo Brait, que determinou o regime fechado para o início do cumprimento da pena.
Como Antônio era reincidente e não compareceu ao Júri, a Promotoria de Justiça representou pela decretação da prisão, foi atendida e desde então ele era considerado foragido.
Preso
Os policiais que o capturaram informaram que durante patrulhamento pela Vila Bouguese, por volta das 10h30, o pedreiro foi visto trabalhando em uma obra. Ainda de acordo com os policiais, ao perceber a aproximação da viatura, ele soltou as ferramentas que usava e correu para o interior da construção.
A atitude chamou a atenção dos policiais, que decidiram abordá-lo. Após identificá-lo, foi constatado que havia o mandado de prisão em aberto referente à condenação pelo homicídio e outro mandado da Justiça de Pacaembu, referente a processo de 2019. Porém, com relação a esse caso, havia um contramandado, com alvará de soltura.
Antônio foi apresentado na delegacia e após o registro da captura, seria encaminhado ao Centro de Triagem de Presos da Delegacia Seccional de Rio Preto, onde permaneceria à disposição da Justiça para ser encaminhado ao sistema prisional para início do cumprimento da pena.
Homicídio
Segundo a denúncia, Humbinger e Antônio se conheciam e no início da tarde de 17 de janeiro de 2016, tiveram um desentendimento. Na ocasião, o réu teria feito ameaças de morte à vítima.
Já no período da noite, o jovem foi alvo de uma emboscada quando passava de bicicleta na frente da casa de Antônio, que fez cinco disparos de arma de fogo contra ele, que foi atingido por três disparos nas costas.
Ele foi encontrado caído no canteiro central da avenida Pedro Janser, na frente do alojamento de trabalhadores de uma empresa de construção civil. A vítima chegou a socorrida por equipe do Corpo de Bombeiros, mas não sobreviveu.
Condenado
Antônio foi denunciado por homicídio qualificado pelo motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima. Durante julgamento, o promotor de Justiça Adelmo Pinho pediu a condenação por homicídio simples, afastando as qualificadoras. A defesa, feita pelo advogado Marco Antônio Serelepe Ferreira, pediu a absolvição e, em caso de condenação, o afastamento das qualificadoras.
O réu foi condenado por homicídio simples, com a pena a ser cumprida inicialmente no regime fechado. Um tio dele chegou a ser investigado, suspeito de ter ajudado Antônio a fugir do local após o crime. Porém, a Justiça entendeu não haver provas da participação dele.