Polícia

Condenado a 46 anos de prisão por participação no assalto à Protege em Araçatuba é morto

Teria participado da execução do roubo e estava foragido desde o início de 2022; estava na lista dos mais procurados do Brasil
Lázaro Jr.
09/08/2025 às 23h34
Luken foi condenado a 46 anos, 11 meses e 10 dias de prisão (Foto: Reprodução) Luken foi condenado a 46 anos, 11 meses e 10 dias de prisão (Foto: Reprodução)

Luken César Burgui Augusto, condenado a 46 anos, 11 meses e 10 dias de prisão por participação no assalto à empresa e valores Protege, em Araçatuba (SP), em outubro 2017, morreu ao ser baleado durante confronto com policiais militares neste sábado (9).

 

A informação foi divulgada em vídeo pelo secretário de Segurança Pública do Estado, Guilherme Derrite. Ele informou que o foragido reagiu ao se deparar com equipe da Rota (Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar), houve revide e ele não resistiu ao ser baleado.

 

Ainda de acordo com o secretário, os policiais não se feriram. Ele não informou onde e o horário que ocorreu o confronto. 

 

Assalto

 

Conforme divulgado pelo Hojemais Araçatuba, naquela madrugada os bandidos atacaram o quartel do CPI-10 (Comando de Policiamento do Interior) que teve o acesso bloqueado com caminhões incendiados.

 

Ao mesmo tempo, eles explodiram a parede da sede da empresa, no bairro Santana, e roubaram cerca de R$ 8 milhões em dinheiro. O policial civil André Luís Ferro da Silva, que integrava o GOE (Grupo de Operações Especiais), foi morto ao ser abordado por um dos bandidos na rua Aviação.

 

Diante disso, Luken foi denunciado pelo latrocínio contra ele; por duas tentativas de latrocínio relacionadas a outras duas pessoas que foram feridas por disparos de arma de fogo; por crime de explosão qualificado; e de incêndio qualificado. 

 

Participação

 

Segundo a denúncia, ele teria participado da execução do roubo, apesar de no dia do assalto, estar na praia. No dia seguinte, ele esteve em Araçatuba para buscar pessoa não identificada.

 

Consta ainda na denúncia, baseada na investigação da Polícia Civil, que o réu era amigo dos irmãos Rogério Bezerra dos Santos e Roberto Bezerra dos Santos, também condenados, e os três manteriam contato com a célula criminosa com sede em Limeira, Rio Claro e Campinas.

 

Os irmãos, que na época do assalto eram procurados pela Justiça por roubo, estavam escondidos em um rancho em Glicério, onde utilizavam nomes falsos. Ainda de acordo com a denúncia, eles deram suporte à quadrilha e fugiram com ela depois da prática do roubo.

 

A investigação apurou que os criminosos fugiram para Promissão, onde atearam fogo nos veículos e seguiram de caminhão, levando o dinheiro para a região de Araraquara.

 

Negou

 

Ao ser ouvido, Luken alegou que na época foi procurado por um dos irmãos para auxiliá-lo na compra de um carro financiado e o teria levado a um estacionamento. Ele afirmou que não teria sido informado sobre o roubo à Protege e que esteve em Araçatuba em 19 de outubro daquele ano, dois dias depois do assalto, para buscar uma moto para esse corréu, a qual estaria no bairro São José. 

 

O réu disse que teria recebido R$ 800,00 e um celular como pagamento pelo serviço e, posteriormente, ficou sabendo que esse celular havia sido utilizado durante a ação criminosa.

 

Condenado

 

Inicialmente Luken foi condenado a 6 meses de detenção em regime inicial semiaberto, porém, o Ministério Público recorreu e o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) aumentou a pena.

 

Com a condenação, também foi decretada a prisão dele e dois outros dois réus, pelos crimes contra o patrimônio, com resultado morte, além das tentativas de latrocínio, explosão e incêndio.

 

Rogério Bezerra dos Santos, que havia sido absolvido por insuficiência de provas, foi condenado a 82 anos, 3 meses e 19 dias de prisão. Já Roberto Bezerra dos Santos, que havia sido condenado a 82 anos e 10 meses de prisão, teve a pena reduzida para 80 anos, 11 meses e 26 dias de prisão. Ele era o único que estava preso.

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