O caminhão que atropelou e matou Argemiro Aparecido Henrique, 52 anos, o “Miro”, na noite de sábado (31), no bairro Sylvio Venturolli, em Araçatuba (SP), estava sendo rebocado por outro caminhão quando ocorreu o acidente.
O motorista do veículo que causou o atropelamento contou à polícia que havia ido ao bairro para descarregar de blocos de construção. O caminhão Ford Cargo apresentava problemas no motor de partida e, ao término do trabalho, ele não conseguiu ligar o motor.
Ainda segundo o que foi relatado à polícia, um mecânico foi acionado, esteve no local e após avaliação, informou que seria necessário remover o motor de partida para fazer a referida manutenção.
Tranco
Como tal serviço não seria possível naquele momento, foi decidido por dar um “tranco” para fazer o caminhão funcionar. Ele então pediu ajuda a um amigo, que foi até o local com o caminhão dele, acompanhado da vítima.
Para poder dar o tranco, os freios do Ford Cargo foram liberados. Os dois caminhões estavam cerca de seis metros distantes um do outro, foi amarrada uma corda de nylon na traseira do que puxaria e na parte dianteira do que seria puxado.
Tropeçou
Ainda de acordo com o que foi relatado, “Miro” ficou encarregado de observar a corda e sinalizar o momento de acelerar. Porém, quando o motor do Ford Cargo pegou, a corda teria se rompido. O caminhão que era rebocado ganhou velocidade maior que o da frente e, como o freio havia sido liberado, o motorista realizou uma manobra lateral para evitar a colisão.
A vítima permanecia entre os caminhões, saiu para o mesmo lado da manobra feita pelo motorista e teria escorregado no asfalto. Ao cair, foi atropelada pelas rodas dianteiras do lado do motorista.
O resgate chegou a ser acionado, mas o médico do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) constatou a morte no local. Ainda de acordo com o que foi relatado, o homem que estava com o outro caminhão teria passado mal e deixado local em seguida.
Investigação
O motorista do caminhão que atropelou "Miro" permaneceu no local, aguardando o socorro, fez o teste do bafômetro, que deu negativo para ingestão de álcool, e foi liberado depois da conclusão da perícia, que foi acompanhada pela reportagem.
O corpo da vítima passaria por exame necroscópico antes de ser liberado para velório e enterro.