Fabrício de Melo Silva, 25 anos, morreu ao ser baleado durante cumprimento a mandado de busca e apreensão e de prisão temporária realizado por equipe do Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) na manhã desta sexta-feira (6), em Araçatuba (SP).
Ele era um dos alvos da Operação Ligações Perigosas , decorrente de investigação que apura possível infiltração da organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) na política em Araçatuba.
A ação também visa o combate ao tráfico de drogas e o esclarecimento de homicídios ocorridos em Araçatuba recentemente. Segundo o que foi apurado pela reportagem, Silva foi alvo de tentativa de homicídio ocorrida recentemente na rua Fundador Paulino Gatto, no bairro São José.
Após esse crime, houve um duplo homicídio e dias depois, uma terceira pessoa também foi morta a tiros no bairro. Além disso, Silva tinha passagem anterior por tráfico de drogas.
Armado
Segundo o que foi apurado pela reportagem, o mandado de busca a ser cumprido pelo Baep era para um apartamento em um condomínio no bairro Morada dos Nobres. Os policiais teriam batido na porta, mas como não foram atendidos, houve o arrombamento.
Ao entrar no apartamento os policiais não encontraram ninguém, mas durante as buscas, Silva teria surgido de um dos cômodos e apontado uma arma para a equipe. Dois policiais revidaram, fazendo disparos contra ele, que foi atingido e morreu no local.
Drogas
Ainda durante as buscas, os policiais encontraram três tijolos de maconha e R$ 1.490,00 em dinheiro, além de terem apreendido um celular e dois chips, objetos que foram recolhidos e ficarão à disposição do Gaeco.
A área foi preservada para a perícia, que foi acompanhada por equipes da Polícia Civil. O Ministério Público também foi comunicado da ocorrência e após a conclusão dos trabalhos, o corpo foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) para exame necroscópico.
Investigação
A polícia apreendeu um revólver calibre 38 carregado com cinco munições, que estaria com Silva, e também recolheu as quatro munições deflagradas pelas pistolas dos policiais, que seriam submetidos a exame residuográfico.
O delegado que presidiu a ocorrência entendeu que os policiais militares agiram em legítima defesa.