Felipe César Macedo Severino, 16 anos, que foi morto a tiros entre o final da tarde e início da noite de quinta-feira (12), em Araçatuba (SP), é irmão de Nícolas César Macedo Severino, 18, que está preso e denunciado pelo Ministério Público pelo assassinato de Luís Felipe Albano Silva, 25.
O crime aconteceu em 22 de outubro, também no residencial Águas Claras, quando a vítima teve a casa invadida e foi baleada na região abdominal. Na ocasião, o filho de Luís Felipe estava no imóvel e teve ferimento no dedo de um dos pés, causado possivelmente por estilhaço de um dos projéteis disparados pelo autor.
No caso da última quinta-feira, o suspeito da autoria do assassinato é outro adolescente, que já identificado pela polícia, mas ainda não havia sido localizado. A Polícia Civil, que investiga o homicídio, por enquanto não vê relação entre os crimes.
Morte adolescente
Felipe foi assassinado na frente de um mercado na rua Palmira Sturari Rocha, entre os bairros Águas Claras e Jardim do Trevo. Ele apresentava perfuração por disparo de arma de fogo no braço direito, nos ombros direito e esquerdo, um ferimento de raspão no abdômen, além de lesões na cabeça, com exposição de massa encefálica.
Há informações de que Felipe teria se desentendido anteriormente com o suspeito do ato infracional de homicídio, que foi visto correndo do local logo após os disparos. O caso é investigado pela DH/Deic (Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada de Investigações Criminais).
Denúncia
No caso do crime ocorrido em outubro, Nícolas foi denunciado por homicídio qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima, pela morte de Luís Felipe, e por duas tentativas de homicídio qualificado também pelo recurso que dificultou as defesas da vítimas, com agravante de uma delas ser uma criança.
Segundo o que foi apurado em inquérito pela Polícia Civil, Nícolas teria invadido a casa das vítimas perseguindo outro rapaz, o qual ela já teria tentado matar anteriormente. Ao disparar contra esse rapaz, que não foi ferido, ele acabou ferindo o morador e o filho dele. Luís Felipe foi hospitalizado, passou por cirurgia e morreu em consequência de complicações.
A denúncia apresentada pelo promotor de Justiça Adelmo Pinho foi recebida pela Justiça, que acatou representação do Ministério Público e decretou a prisão preventiva de Nícolas, que permanecerá preso por tempo indeterminado. Ele nega os crimes. O próximo passo será a Justiça decidir se ele será enviado para julgamento pelo Tribunal do Júri.