Acusado de esfaquear colega em bar vai a julgamento nesta quinta

O Tribunal do Júri de Araçatuba (SP) se reúne nesta quinta-feira (17), para o julgamento de Wilson Gonçalves Rodrigues, conhecido por “Wil”, denunciado por homicídio tentado qualificado pelo motivo fútil por tentar matar outro homem a facadas.

O crime aconteceu na madrugada de 26 de setembro de 2023, na frente de um bar na rua Amador Bueno, no bairro Palmeiras. Segundo a denúncia do Ministério Público, a vítima e o réu estavam em uma das mesas deste bar, consumindo bebida alcoólica.

Junto com o casal estavam duas mulheres, sendo uma delas, a sogra de Wil. Enquanto estavam pelo local, teve início uma discussão, pois o réu teria tirado a camisa que vestia e entregado para a outra mulher. Essa camisa seria do Corinthians e a mulher a teria elogiado, comentando que daria uma para a filha dela.

Diante da atitude de Wil, a vítima o teria questionado e comentando que a mulher dele não iria gostar de saber que ele tinha tirado a camisa do corpo e dado para outra mulher, de presente.

Faca

O questionamento teria irritado o réu, que foi embora do bar, mas retornou em seguida armado com uma faca. Ao descer da bicicleta ele disse à vítima que não havia gostado do comentário, uma nova discussão aconteceu, seguida do esfaqueamento.

A vítima foi ferida com um golpe no tórax, correu e foi perseguida, mas não foi alçada por Wil e conseguiu deixar o local de moto. Ela seguiu até um posto de combustível, de onde foi encaminhada por equipe do resgate ao pronto-socorro da Santa Casa.

Segundo a denúncia, foi necessário cirurgia em função do ferimento, já que o golpe perfurou o pulmão e o baço, permanecendo internado. O autor do crime fugiu deixando a bicicleta para trás, mas levou a arma utilizada no crime.

Preso

Ele teve a prisão temporária decretada em 29 de setembro de 2023 e, ao ser ouvido na delegacia, confirmou ter sido o autor do golpe de faca contra a vítima. Já em juízo, alegou se recordar apenas até o momento em que deixou o bar, depois, não se lembra de mais nada.

A defesa dele pediu a impronúncia, alegando que o réu não tinha a intenção de matar a vítima, e em caso de condenação, requereu o afastamento da qualificadora. Também foi representado pela liberdade provisória do réu e o direito de recorrer em liberdade.

Porém, a Justiça entendeu que era caso de julgamento pelo Tribunal do Júri nos termos da denúncia do Ministério Público e manteve a prisão preventiva de Wil. O julgamento está previsto para as 9h, no Fórum de Justiça de Araçatuba.