Júlia Moretti de Paula, 21 anos, acusada de participar de um assalto em um edifício de alto padrão em Ribeirão Preto (SP), em setembro, permanecerá à disposição da Justiça na Penitenciária de Tupi Paulista.
Ele se apresentou à polícia em Araçatuba na manhã de segunda-feira (24) e na manhã desta terça-feira (25), a reportagem acompanhou quando ela deixou a sede da CPJ (Central de Polícia Judiciária) para ser levada ao IML (Instituto Médico Legal), antes de passar por de audiência de custódia.
Trata-se de um procedimento legal, apenas para que a Justiça confirme a legalidade do cumprimento de mandado de prisão preventiva, que foi expedido pela Justiça de Ribeirão Preto, ao aceitar a denúncia contra ela e mais 16 investigados. Um homem e uma mulher seguem foragidos, de acordo com a polícia.
O roubo aconteceu em 24 de setembro, quando pelo menos seis apartamentos foram invadidos e os moradores tiveram bens roubados, causando prejuízo que pode passar dos R$ 4 milhões. Ainda de acordo com a polícia, cada participante do roubo teria recebido R$ 15 mil referente ao valor obtido com a venda das joias roubadas.
Aluguel
Júlia, que é de Araçatuba, é acusada de ter utilizado documentos falsos para alugar um apartamento nesse edifício. Ao passar a noite no imóvel com outro integrante do grupo, eles teriam aberto o portão, facilitando o acesso dos demais assaltantes.
Segundo o advogado José Márcio Mantello, contratado para fazer a defesa, ela teria sido contratada como acompanhante de luxo por um dos integrantes do grupo que praticou o assalto e coagida a participar do roubo.
Foragida
Após o crime, ela fugiu e permaneceu por cerca de 60 dias em uma cidade no Estado do Paraná, a cerca de 70 quilômetros da divisa com o Paraguai, até decidir se apresentar à polícia.
A defesa pedirá a revogação da prisão preventiva à Justiça de Ribeirão Preto, sob argumento de que não haveria mais fundamentos para a prisão, já que ela se apresentou espontaneamente e irá colaborar com as investigações.
Além disso, ela é mãe de uma menina de 3 anos, que estaria abalada emocionalmente devido à ausência da mãe. Caso não consiga revogar a prisão, a defesa recorrerá às instâncias superiores.