Opinião

Transição energética no Brasil

O Caminho para um Futuro Sustentável
Da Redação
24/01/2024 às 18h19
Foto: EdWhiteImages Pixabay Foto: EdWhiteImages Pixabay

Por Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê

 

A transição energética é caracterizada pela substituição das fontes de energia provenientes dos combustíveis fósseis (ex: petróleo, gás natural e carvão), por fontes de energias renováveis, as quais incidem em menos emissões de carbono (CO²), como por exemplo sol, água, vento e biomassa.

 

O MME (Ministério de Minas e Energia) é o principal responsável pela Política Nacional de Transição Energética, que visa levar o Brasil para outro nível mundial em fontes renováveis de energia. Segundo o MME, o Brasil é exemplo mundial em transição energética, com mais de 85% da matriz elétrica oriunda de fontes limpas e renováveis e 48% de renovabilidade em sua matriz energética total.

 

Contudo, ainda há muito a ser feito para que o país alcance a meta de ter 100% de sua matriz energética oriunda de fontes renováveis até 2050, conforme determinado na COP 28 - Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática, realizada pela ONU em Dubai entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro de 2023.

 

A discussão, cujo principal objetivo é limitar o aumento da temperatura do planeta em até 1,5ºC até o ano em questão e evitar os impactos do aquecimento global provocado pelos GEE - gases de efeito estufa, teve início com o Acordo do Clima em 2015 (também conhecido como Acordo de Paris), o qual foi assinado por 195 países, os quais se comprometeram a substituir as fontes de energias poluentes pelas renováveis.

 

Os setores da indústria e de transportes tiveram um papel significativo na trajetória dos últimos 50 anos no consumo de energia no Brasil. Cerca de dois terços de toda energia consumida pelo brasileiro se deu nesses segmentos. Na questão do consumo, 18% da energia foi na forma de eletricidade e 82% a partir da queima de combustíveis, sejam em biocombustíveis ou combustíveis fósseis.

 

O Brasil tem um potencial imenso para explorar outras fontes de energia renovável. Considerada uma fonte de energia limpa, a energia solar, por exemplo, é uma opção viável, considerando a grande incidência de luz solar no país. As regiões Nordeste e Centro-Oeste podem se tornar polos de geração de energia a partir da instalação de usinas solares, também conhecida por usinas fotovoltaicas, devido às placas utilizadas para a geração da energia elétrica.

 

Com a tecnologia fotovoltaica avançando rapidamente, os custos de instalação de painéis solares têm diminuído, tornando a energia solar uma alternativa cada vez mais acessível e contribuindo significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa. A energia eólica também tem mostrado um crescimento impressionante. Com vastas áreas costeiras e ventos consistentes, o Brasil tem o potencial de se tornar um dos maiores produtores de energia eólica do mundo.

 

Portanto, a política de transição energética no Brasil é uma estratégia de ação que visa modificar totalmente a atual matriz energética do país, reduzindo de forma gradual, a geração e o consumo de combustíveis fósseis, substituindo por fontes renováveis, favorecendo a redução da pegada de carbono e consequentemente do aquecimento global, além de beneficiar o desenvolvimento socioeconômico do País.

 

Porém, a transição energética não está isenta de desafios. Investimentos em infraestrutura, pesquisa e desenvolvimento são essenciais, além da criação de políticas públicas que incentivem a adoção de energias renováveis e impossibilitem o uso de combustíveis fósseis. No entanto, as oportunidades superam os desafios. Além dos benefícios ambientais, a transição energética pode gerar empregos, impulsionar a economia e colocar o Brasil na vanguarda da inovação energética.

 

Em conclusão, a transição energética no Brasil é mais do que uma necessidade; é uma oportunidade. Ao abraçar as energias renováveis e investir em inovação, o Brasil pode não apenas garantir um futuro energético sustentável, mas também desempenhar um papel de liderança e protagonismo no cenário global.

 

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê, guardião dos recursos hídricos em nossa região, apoia toda ação que visa proteger o meio ambiente e garantir um futuro melhor para todos.

 

Serviço: 
Núcleo de Planejamento e Comunicação Integrada do Baixo Tietê
comitebaixotiete.org
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** Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião deste veículo de comunicação

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