Por Cassio Betine
Nos últimos anos muitas coisas mudaram em nossas vidas devido à presença cada vez maior das tecnologias, principalmente das que impactam na relação entre o homem e as máquinas. Máquinas não apenas no sentido da potencialização mecânica, como automóveis, robôs e aparelhos eletrônicos, mas também, e talvez principalmente, as que se integram com nosso organismo, seja de forma biológica ou mental. E essa interação homem-máquina vem evoluindo a passos largos.
Na tentativa de identificar as principais tendências, pesquisei diversas publicações globais especializadas e entre as várias indicações, identifiquei pelo menos três em comum entre elas: a intensificação da inteligência artificial regenerativa avançada, o rápido avanço da biotecnologia e o foco nas tecnologias climáticas. Mas, vou incluir também uma quarta tendência por conta própria: a exploração espacial.
A IA regenerativa avançada é uma forma de inteligência artificial que utiliza modelos de aprendizado profundo (a chamada deep learning) para criar novos conteúdos a partir de grandes conjuntos de dados. Ela é capaz de entender e responder a solicitações dos usuários, gerando respostas ou criações originais com base nos padrões e relacionamentos identificados nos dados de treinamento.
Devido à capacidade de um apurado raciocínio lógico, especialistas acreditam que essa ferramenta vai funcionar de forma mais autônoma e será capaz de gerir tarefas complexas, como cadeias de abastecimento e manutenção preditiva sem nenhuma supervisão humana. E o próximo passo seria a ascensão de um super-agente, uma espécie de orquestrador de múltiplos sistemas de IA, que otimizaria diversos tipos de interações.
No próximo ano, a biotecnologia, que tem presença marcante nas áreas da saúde, agricultura e sustentabilidade, ganharia grande impulso devido às recentes descobertas, como por exemplo, a edição gênica, que oferece tratamentos personalizados para diversos tipos de distúrbios genéticos, incluindo o câncer, que podem reduzir efeitos colaterais e melhorar significativamente os resultados. Além, é claro, dos chips neurais que serão amplamente implantados e os nanorobôs que podem entregar medicamentos diretamente em pontos doentes do organismos sem afetar outras partes do organismo.
E sobre a segurança climática global, que é uma preocupação permanente, as tecnologias projetadas para reduzir ou até reverter os danos ao meio ambiente, bem como auxiliar no progresso rumo à redução das emissões de carbono, serão ainda mais importantes em 2025. Alguns exemplos que vem funcionando muito bem e tendem a ganhar ainda mais força são os sistemas de energia solar, eólica, agricultura de precisão, construções sustentáveis e até mesmo os carros elétricos.
Por fim, é possível que 2025 abra caminho para muitas oportunidades no campo da exploração espacial. Diversas nações, atuando individualmente ou coletivamente, estão conquistando vitórias importantes nessa área. O lançando de novos tipos de satélites para diversas funcionalidades estão ficando cada vez mais populares, os foguetes reaproveitáveis estão possibilitando viagens mais periódicas para o espaço, as espaçonaves estão cada vez mais inovadoras, permitindo, inclusive, que civis possam viajar sem a necessidade de treinamento astronáutico.
Outras tendências sugerem atenção para energia nuclear como forma ilimitada e limpa de geração de energia, a cibersegurança em escala global, devido a alta e crescente conectividade entre as pessoas e empresas, e a computação quântica que pode catapultar o armazenamento e processamento de dados.
Observando essas tendências, é fascinante refletir sobre o imenso esforço e dedicação que pesquisadores e cientistas dedicam para moldar nosso futuro, transformando sonhos em realidade e necessidades em soluções.
*Cássio Betine é head do ecossistema regional de startups, coordenador de meetups tecnológicos regionais, coordenador e mentor de Startup Weekend e pilot do Walking Together. Cássio é autor do podcast Drops Tecnológicos
**Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião deste veículo de comunicação.