Por Teka Betine
Celebramos no dia 21 de Fevereiro, o Dia Internacional do Guia de Turismo, um profissional fundamental para a indústria do turismo e para a promoção da cultura e da hospitalidade em todo o mundo.
A profissão de Guia de Turismo tem uma longa história, que remonta à antiguidade. Na Grécia e Roma antigas, os guias eram responsáveis por mostrar aos visitantes os principais pontos turísticos e históricos das cidades. No entanto, foi apenas no século XIX que a profissão começou a se formalizar, com a criação das primeiras associações de guias turísticos.
No Brasil, a profissão foi regulamentada em 2002, com a Lei 10.683, que estabeleceu as normas para a formação e exercício da profissão. Essa regulamentação é essencial para garantir que apenas profissionais qualificados exerçam essa função. É importante ressaltar que existem muitos que se passam por guias sem estar habilitados ou registrados, o que não só compromete a qualidade do serviço prestado, mas também a segurança dos turistas. Atualmente, a legislação proíbe o exercício da profissão sem o registro no CADASTUR, reforçando a importância da formação adequada e do reconhecimento profissional.
Existem dois principais tipos de guias de turismo: o receptivo e o emissivo. O guia receptivo recebe os turistas em seu destino, proporcionando-lhes uma experiência acolhedora e informativa sobre o local. Já o guia emissivo acompanha os turistas em suas viagens para outros destinos, oferecendo suporte e informações ao longo do percurso.
Mas o que faz um Guia de Turismo ser tão importante? O guia possui um conhecimento profundo da história, da cultura e dos costumes locais, permitindo que forneçam informações precisas e interessantes aos visitantes. Eles não apenas mostram os principais pontos turísticos, mas também interpretam a cultura e a história local, proporcionando uma experiência mais rica e significativa. Além disso, são embaixadores da hospitalidade, recebendo os visitantes com cordialidade e atenção.
Para quem pensa que é uma profissão recente, aqui estão algumas curiosidades:
O primeiro guia turístico conhecido foi um grego chamado Polybius, que escreveu um guia para os visitantes de Roma no século II a.C.
Os primeiros "guia" da história
No Egito Antigo, por volta de 3000 a.C., os guias eram sacerdotes que acompanhavam os visitantes em peregrinações aos templos, compartilhando conhecimento sobre os deuses e as práticas religiosas.
Guia de turismo medieval
Durante a Idade Média, os peregrinos que viajavam para lugares sagrados, como Santiago de Compostela, muitas vezes contavam com guias locais que não apenas os orientavam, mas também contavam histórias sobre santos e milagres associados aos locais.
O primeiro guia impresso
Em 1550, o autor inglês John Leland publicou um dos primeiros guias turísticos impressos, chamado "Itinerary", que abordava locais históricos e culturais da Inglaterra e incentivava o turismo.
A Revolução Industrial e o turismo
Com a Revolução Industrial no século XIX, as viagens se tornaram mais acessíveis. Isso resultou na necessidade de guias turísticos treinados para ajudar os novos turistas que estavam explorando cidades e atrações pela primeira vez.
Guia em tempos de guerra
Durante a Segunda Guerra Mundial, muitos guias turísticos se tornaram informantes para as forças armadas, usando seu conhecimento local para ajudar na navegação e na coleta de informações sobre áreas estratégicas.
O papel dos guias em eventos históricos
Alguns guias turísticos estiveram presentes em momentos históricos significativos. Por exemplo, o guia que acompanhou a primeira expedição ao Monte Everest em 1953 foi Tenzing Norgay, um sherpa que se tornou uma lenda no mundo do alpinismo.
Essas curiosidades mostram como os guias de turismo sempre desempenharam papeis importantes ao longo da história, adaptando-se às necessidades dos viajantes e contribuindo para a troca cultural. Não é fascinante?
Na sua próxima viagem, lembre-se desse profissional essencial para a indústria do turismo e para a promoção da cultura e da hospitalidade. Eles são embaixadores da cultura local, intérpretes da história e hospitaleiros que recebem os visitantes com cordialidade. Parabéns aos guias turísticos de todo o mundo!
Teka Betine
Relações Públicas, Técnica e Guia de Turismo (Mtur), Gastróloga, Pós graduada em Comunicação Pública
** Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião deste veículo de comunicação.