*Por Cassio Betine
A IA está se expandindo rapidamente em diversos setores, como saúde, finanças, tecnologia, manufatura e fortemente também nos setor de serviços, como por exemplo na área de propaganda e jornalismo. E essa rápida expansão cria uma demanda que supera a oferta de profissionais necessários para dar conta disso. Ao que parece, as instituições de ensino não conseguem produzir a tempo conteúdos programáticos suficientes para suprir essa demanda, pois quando o aluno acaba de aprender uma técnica específica, as próprias IAs já avançaram um ou mais níveis. É uma encruzilhada. E como resolver isso? Essa é a grande questão que vai assolar as principais mentes que atuam no setor.
Além desse aspecto, é importante considerarmos também outros pontos que também contribuem para esse tipo de problema, como por exemplo a própria cultura do trabalho, de como as novas gerações respondem às exigências que o mercado requer. A mudança significativa do antigo estilo do trabalho, fabril, com horários regrados, tarefas específicas, supervisão vertical, vêm mudando radicalmente nesse novo momento, e isso, segundo alguns especialistas, implica diretamente nessa espécie de “caos” produtivo.
Para superar essa demanda, algumas empresas e instituições vêm adotando estratégias de educação continuada, aquela que nunca para. Mais que isso, muitas universidades conceituadas de várias partes do mundo oferecem cursos intensivos no setor gratuitamente, inclusive de pós-graduação.
Por outro lado, há grupos que acreditam que as próprias IAs terão, num futuro próximo, a capacidade de autoaprendizado, autogestão e auto regeneração, onde poderiam tomar suas próprias decisões e resolver problemas, concertando-se automaticamente, sem a necessidade da interferência humana. Mas isso é um problema muito mais complexo, pois avança no campo da ética e da própria segurança humana. Imaginem por exemplo, um robô humanoide dotado de uma IA forte, ou IA Geral, cujo conceito visa replicar a inteligência humana em sua totalidade, o que seriam capazes de fazer? Ou equipamentos robóticos militares e sistemas de controle de chips neurais (que já são realidade)?
Apesar de não nos darmos conta, essa é uma situação real e provável. A pergunta que devemos fazer é se nossa capacidade cerebral será suficiente para controlar (ou conviver) com essas inteligências artificiais avançadas. De como o ser humano responderá aos possíveis problemas derivados desse cenário. Será que novas leis serão suficientes para manter harmonia entre o natural e o artificial?
Enquanto isso, talvez seja sensato não subestimarmos essas tecnologias e buscarmos um mínimo de entendimento sobre elas, no intuito de evitar surpresas inesperadas. No entanto, como fazer isso considerando a rapidez de sua evolução, que desafia até os profissionais especializados? A resposta é: não desacreditar de suas capacidades.
E para quem se interesse pelo assunto e queira fazer parte desse novo mercado, bom começar pesquisar cursos existentes pelo mundo afora. Uma busca por cursos internacionais de IA no google pode te trazer muitas respostas.
*Cassio Betine é pós-graduado em Tecnologias na Aprendizagem, bacharel em Artes Visuais e Desenho Industrial. É coordenador e mentor de negócios e eventos; autor de livros, artigos e produtor de podcasts periódicos sobre Tecnologia e Inovação para mais de 70 rádios do Brasil. É fundador e coordenador de projetos da f7digitall Comunicação e empreendedor em outros negócios.
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