Justiça & Cidadania

Suspeita de auxiliar em abortos tem prisão preventiva decretada

Mulher foi presa na rodoviária de Birigui com cartela de Cytotec; permanecerá à disposição da Justiça enquanto responde a inquérito
Lázaro Jr.
05/03/2025 às 19h37
Investigada estava com cartela de medicamento abortivo (Foto: Divulagação) Investigada estava com cartela de medicamento abortivo (Foto: Divulagação)

A Justiça decretou a prisão preventiva da mulher de 42 anos, que se apresentou como auxiliar de cozinha, e que foi presa na última segunda-feira (3) em Birigui (SP), ao ser flagrada com uma cartela do medicamento abortivo Cytotec, que tem comercialização proibida no Brasil. Segundo a polícia, ela é suspeita de auxiliar em abortos.

 

A prisão preventiva foi decretada em audiência de custódia no Plantão Judiciário de Araçatuba, realizada na terça-feira (4), atendendo representação da Polícia Civil e do Ministério Público. O juiz que presidiu a audiência considerou que o endereço residencial da investigada é distante de Birigui, já que ela seria de São Paulo e teria viajado de ônibus para auxiliar em um aborto, segundo denúncia anônima.

 

Além disso, há indícios de que a investigada teria auxílio de outras pessoas na prática do suposto crime, que é hediondo, punido com pena máxima de 15 anos em caso de condenação. Também foi levado em consideração que a investigada não apresentou informação de que seja responsável pelo cuidado de filhos menores, o que poderia justificar a decretação da prisão domiciliar.

 

Caso

 

Conforme já publicado, o flagrante foi feito por equipe da Polícia Civil, chefiada pelo delegado Rodolfo Freschi Bertolo, após denúncia anônima por telefone de que uma mulher viajaria de São Paulo para Araçatuba, com grande quantidade do medicamento abortivo.

 

A investigada foi encontrada na rodoviária de Birigui e, ao ser abordada, inicialmente relatou que havia acabado de chegar de São Paulo para visitar parentes. Em seguida, mudou a versão, dizendo que teria viajado para Birigui apenas para dar uma volta e já retornaria para São Paulo.

 

Indícios

 

Ela resistiu em entregar a bolsa, onde foi encontrada uma sacola com uma cartela de Cytotec, medicamento que a investigada alegou que seria para pressão arterial. Já na delegacia, ao analisar o celular da investigada, que forneceu a senha, foram encontradas conversas, áudios e fotos sobre a comercialização do medicamento abortivo.

 

Também haveria conversas relativas a auxílio em atos para realizar o aborto, inclusive com fotos de fetos abortados. Após ser encontrado o material, a investigada alegou que teria comprado o medicamento proibido por suspeita de gravidez e que pretendia fazer uso da substância. Porém, como teria menstruado recentemente, decidiu vendê-la.

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