Justiça & Cidadania

STF tem maioria para descriminalizar porte de maconha para uso pessoal

Sessão continua para a tomada dos 2 últimos votos, que serão proferidos pelos ministros Luiz Fux e Cármen Lúcia
Da Redação
25/06/2024 às 17h20
O ministro Dias Toffoli votou a favor da descriminalização do porte de maconha para uso pessoal (Foto: Ascom/STF) O ministro Dias Toffoli votou a favor da descriminalização do porte de maconha para uso pessoal (Foto: Ascom/STF)

Por André Richter - Agência Brasil

 

O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou a favor da descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. Com isso, a Corte formou maioria de 6 votos a 3 pela descriminalização. O julgamento do caso foi retomado nesta tarde. 

 

Na sessão anterior, na semana passada, Toffoli afirmou que seu voto era uma terceira via. Nesta terça-feira (25), o ministro esclareceu que sua manifestação faz parte da maioria dos votos proferidos.

 

No início da sessão de hoje, ele reafirmou posicionamento pela constitucionalidade da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006), norma que deixou de prever a pena de prisão, mas manteve penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo.

 

Superada

 

Para Toffoli, a lei não tem natureza penal desde sua edição, em 2006. Segundo o ministro, uma lei de 1976 previa a criminalização e foi superada pela Lei de Drogas. "Nenhum usuário de nenhuma droga pode ser criminalizado. O objetivo da lei de 2006 foi descriminalizar todos os usuários de drogas", afirmou.

 

O ministro também defendeu que o Congresso e órgãos do Executivo, como a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e os ministérios da Justiça e Segurança Pública; da Educação; e do Trabalho e Emprego, estabeleçam, no prazo de 18 meses, políticas públicas para definir uma quantidade de maconha para diferenciar usuários e traficantes, além da produção de campanhas educativas sobre os malefícios sobre o uso de drogas.

 

A sessão continua para a tomada dos dois últimos votos, que serão proferidos pelos ministros Luiz Fux e Cármen Lúcia.

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