Juliano Henrique Gentil Bertaglia, 29 anos, conhecido como "Palhacinho", foi condenado a 14 anos de prisão pelo Tribunal do Júri de Birigui (SP), pelo assassinato de Wanderson Rodrigues de Andrade, 35. O crime aconteceu em 14 de março de 2018, na rua São Benedito, na Vila Bandeirantes.
O réu foi denunciado por homicídio qualificado pelo motivo torpe e condenado de acordo com a denúncia, em julgamento realizado na quinta-feira (1). O Júri foi presidido pela juíza Moema Moreira Ponce Lacerda, que concedeu a ele o direito de recorrer em liberdade. Porém, o réu está preso por outro processo.
Crime
Naquele final de tarde a polícia foi informada de que uma pessoa havia sido alvo de disparos de arma de fogo e, quando a equipe chegou ao local, a vítima já havia sido socorrida. Ao ser comunicada do óbito, a polícia foi informada que Andrade apresentava pelo menos 13 perfurações por disparos de arma de fogo, sofrendo ferimentos em várias partes do corpo.
Naquela mesma noite a Polícia Militar recebeu denúncia de que a pessoa conhecida como "Palhacinho" seria o autor do crime. Os policiais estiveram na casa dele, mas ele conseguiu fugir pelos fundos do imóvel. Antes ele teria dispensado um pote com 24 porções de cocaína. A carteira dele também estava na casa, onde foram apreendidas mais duas porções de maconha e R$ 313,00 em dinheiro.
Legítima defesa
Um inquérito foi instauado e ao ser ouvido, o réu assumiu a autoria do crime, mas alegou legítima defesa. Ele disse que havia comprado um celular da vítima por um determinado valor. Porém, após o pagamento, Andrade teria passado querer mais dinheiro e ele passou a sofrer ameaças de morte.
Ainda na versão dele, naquela tarde estava de moto quando encontrou a vítima e teria desviado. Andrade teria seguido na direção dele, quase o derrubado da moto, com um chute, e em seguida teria feito um gesto de levantar a camiseta e virado de costas. Palhacinho disse que por estar armado, atirou contra a vítima, sem saber informar quantos disparos fez.
Condenado
Durante o julgamento os jurados acataram o pedido do Ministério Público, representado pelo promotor de Justiça Rodrigo Mazzilli Marcondes, e condenaram o réu de acordo com a denúncia.
O réu teve a defesa feita pelos advogados Diego Lopes de Souza Britto e Francisca Rodrigues Barbosa Britto. Ao proferir a sentença, a juíza levou em consideração a gravidade do crime, já que o laudo necroscópico apontou que a vítima foi avo de 17 disparos.
Além disso, o réu possui condenação anterior. Ela determinou o regime inicial fechado para início do cumprimento da pena, porém, concedeu a ele o direito de recorrer da sentença em liberdade, pois aguardava julgamento solto.